Antiga presidente da Associação Amigo Animal contesta declarações de Luís Silveira sobre o Canil Municipal – “animais nunca foram mortos a tiro”, garante Tânia Barcelos Ferreira (c/áudio)

A antiga presidente da já extinta Associação de Defesa dos Animais da Ilha de São Jorge, denominada também como Associação Amigo Animal, veio a público contestar as recentes declarações proferidas pelo presidente da Câmara Municipal das Velas acerca da gestão do Canil Municipal, antes do CDS-PP ser executivo, proferidas no âmbito da última reunião da Assembleia Municipal das Velas.

Tânia Barcelos Ferreira discorda de Luís Silveira e atesta que enquanto a Associação à qual presidia geriu o Canil Municipal nunca houve abates a tiro, como o autarca velense afirmou.

Recorde-se que na altura que Luís Silveira tomou posse pela primeira vez como presidente da autarquia velense, em 2013, era a Associação de Defesa dos Animais da Ilha de São Jorge que era responsável pela gestão do Canil Municipal. Gestão, essa, que transitou depois para a Associação de Desenvolvimento da Ilha de São Jorge (ADISJ).

E, é por isso, que Tânia Barcelos Ferreira até concorda com o presidente da autarquia quando este diz que a situação do canil, na altura que entrou para o Município, era “deplorável”, justificando, porém, algumas das decisões na altura e ainda porque é que existiam animais acorrentados.

No entanto, Tânia Barcelos Ferreira não aceita que se diga que os animais passavam fome.

A responsável pela Associação na altura diz ainda que não pode permitir que o autarca velense ponha em causa o trabalho que Associação Amigo Animal desenvolveu durante vários anos, adiantando que quando esta associação geria o canil já eram feitas campanhas de adoção animal entre outras atividades.

Tânia Barcelos Ferreira aproveitou ainda para questionar o presidente da autarquia sobre os motivos que levaram o executivo camarário já presidido por Luís Silveira na altura a entregar a gestão do Canil à ADISJ, dizendo mesmo que na época o autarca velense afirmou que as pessoas que compunham a Associação eram “demasiado sentimentalistas” para gerir o Canil Municipal.

A antiga presidente da Associação afirma ainda que as obras que o autarca velense diz ter feito no Canil “já estavam delineadas antes da sua entrada para o executivo”, questionando ainda o porquê, de na altura, “ter sido negado o aumento de mais duas boxes” que, segundo Tânia Ferreira, “podiam ter sido feitas com poucos recurso, mas que teriam feito toda a diferença na gestão do alojamento dos animais”.

 

 

 

Liliana Andrade/RL Açores

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