Candidaturas ao novo VITIS para apoio à reestruturação e reconversão das vinhas nos Açores superaram as expetativas, afirma João Ponte

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou esta quarta-feira que as candidaturas para reestruturação e reconversão das vinhas, no âmbito do novo VITIS, totalizam este ano cerca de 160 hectares, superando as expetativas iniciais.

João Ponte, que falava durante uma visita a vinhas na ilha do Pico, salientou que esta situação resulta de os produtores verem “a produção de vinho como uma atividade com futuro e com sucesso garantido”.

O Secretário Regional frisou que este setor tem registado um “crescimento extraordinário” e terá nos próximos anos um peso “importantíssimo” na atividade económica da ilha do Pico.

“Nos Açores existem quase 1.000 hectares de área apta à produção de vinho certificado com Indicação Geográfica (IG) e Denominação de Origem (DO), distribuídos pelas ilhas do Pico, Terceira e Graciosa”, afirmou João Ponte, que foi acompanhado nesta visita pelo presidente da Comissão Vitivinícola Regional, Vasco Paulos.

O governante manifestou satisfação com o trabalho que está a ser feito no desenvolvimento deste setor, com “grande potencial económico e turístico”, adiantando que, através do programa comunitário VITIS, foi possível recuperar nos últimos dois anos 560 hectares de vinhas, num montante total de apoio de cerca de 15 milhões de euros, abrangendo mais de 300 viticultores.

As candidaturas ao novo VITIS, que foram submetidas durante o mês de abril, serão agora analisadas pela Direção Regional do Desenvolvimento Rural.

No ano passado, as candidaturas apresentadas abrangeram uma área de cerca de 400 hectares, distribuídos por várias ilhas, com clara preponderância para o Pico.

Este regime de apoio tem como objetivo aumentar a competitividade dos produtores de vinho através da reestruturação da vinha e melhoria da qualidade do vinho, que tem sido comprovada pelos prémios que os vinhos açorianos têm conquistado.

“O vinho dos Açores tem ganho cada vez mais projeção e qualidade em virtude do trabalho e da capacidade de inovação demonstrada pelos viticultores, assim como pelo trabalho da Comissão Vitivinícola Regional”, salientou João Ponte, acrescentando que este setor tem atraído cada vez mais jovens.

GaCS/RL Açores