No dia em que a República pagar aos hospitais, as dívidas aos fornecedores serão liquidadas, afirma Sérgio Ávila

O Vice-Presidente do Governo dos Açores assumiu hoje o compromisso do Executivo de “liquidar todas as dívidas” aos fornecedores dos três hospitais da região “no dia em que o Governo da República e os subsistemas de Saúde” pagarem o que devem a estas unidades de saúde.

Sérgio Ávila, que falava na Assembleia Legislativa no âmbito de um debate sobre a regularização de pagamentos em atraso a fornecedores no setor da Saúde, defendeu que a solução para esta questão passa pela assunção, por parte do Governo da República, das suas responsabilidades.

“Basta o Governo da República e os subsistemas pagarem aos três hospitais aquilo que devem”, disse.

Para Sérgio Ávila, esse é um problema “ainda por resolver” no contexto de um conjunto de medidas que permitiu reequilibrar os orçamentos de exploração dos hospitais da região, designadamente através de um aumento significativo, nos últimos três anos, das transferências do Orçamento regional.

“Lembrava que, em 2010, as transferências para o Serviço Regional de Saúde eram de 213 milhões de euros”, afirmou, acrescentando que “em 2013, as transferências foram superiores em 87 milhões, ou seja, mais 40 por cento”.

O Vice-Presidente salientou que este “esforço significativo”, conjugado com “poupanças operacionais” introduzidas no funcionamento das unidades de saúde, “permitiu que os três hospitais da região fechassem as suas contas de 2013 sem prejuízos de exploração”, bem longe dos 55 milhões negativos registados no ano anterior.

Sérgio Ávila sublinhou que atingir “resultados líquidos equilibrados” era um objetivo do Governo, permitindo que as dívidas dos hospitais não se agravassem.

“Foi essencial aumentar, até ao limite dos nossos recursos, as transferências para a Saúde”, realçou o governante, para quem, no entanto, subsistem por resolver “os prejuízos acumulados.”

Insistindo na convicção de que bastaria o Governo da República “pagar o que deve” aos hospitais regionais, Sérgio Ávila avançou com a hipótese de um entendimento alargado como forma de resolver o problema.

“Temos de trabalhar com o Governo da República, com todas as entidades, muito rapidamente, para encontrar uma solução financeira que não passa, obviamente, por a Região substituir a República”, frisou.

Sérgio Ávila recusou que caiba ao Governo dos Açores “aumentar as transferências” para os hospitais da região e “ter de cortar no seu plano de investimentos e nas suas despesas” para substituir a República nessa questão.

GaCS