
Há passageiros que viajaram no mesmo voo que as pessoas que vieram a ser diagnosticadas com COVID-19 na ilha de São Jorge que estão a ser contactadas para fazer o teste de despiste. A RL Açores sabe através de um destes passageiros que nem todos foram chamados a fazer a análise, mesmo depois de lhes ter sido pedido que prolongassem a quarentena por mais cinco dias.
Estes passageiros que viajaram no voo da SATA de 16 de março, após cumprirem os seus 14 dias de quarentena obrigatória, receberam a informação de que deveriam prolongar essa quarentena por mais cinco dias, uma vez que a Delegação de Saúde de Ilha “achava estranho que ninguém tivesse desenvolvido sintomas” após terem viajado no mesmo avião que as pessoas já infetadas com a COVID-19.
A RL Açores sabe pelo mesmo passageiro que a Delegação de Saúde de Ilha não falou na possibilidade de fazerem a análise, sendo que os passageiros acataram “a ordem” muito em parte pelo desejo “que tudo fique bem”.
Ora, acontece que ao 18º dia de quarentena, precisamente esta sexta-feira, este passageiro recebeu um telefonema a dar conta de que “tinha sido selecionado para fazer o teste” à COVID-19, realçando o facto de que existem passageiros do mesmo voo que não foram contactados para fazer a respetiva análise.
O passageiro em causa estranha, porém, o facto de a Autoridade Regional de Saúde dizer que não existe falta de testes na região, quando obriga as pessoas a prolongarem o período de quarentena “em vez de fazerem testes”, estranhando ainda mais que “no fim de quase três semanas só vão fazer testes a alguns”.
O passageiro em causa adianta mesmo que foi selecionado para fazer o teste, mas sabe “que outros não foram”.
Liliana Andrade/RL Açores