
A Deputada do CDS-PP Açores Ana Espínola questionou, esta quarta-feira, o Governo Regional socialista sobre os processos conducentes à construção das novas Escolas da Povoação, na ilha de São Miguel, e da Calheta, na ilha de São Jorge, apontando que “fazer remendos em edifícios que não oferecem as condições físicas suficientes para a utilização atual não é a melhor solução”.
No debate de uma Petição, subscrita por muito mais de um milhar de cidadãos, apelando à necessidade urgente de construção de um novo complexo escolar no Concelho da Povoação, Ana Espínola lembrou que, apesar dos “mega investimentos, em mega escolas” que foi feito pelos executivos socialistas, “neste momento, sobram alguns exemplos de escolas que ainda carecem de intervenção, como é o caso desta escola na Povoação, mas também é o caso da prometida escola básica e secundária da Calheta que ainda não conseguiu passar de um projeto numa folha de papel”.
Saudando os subscritores desta petição pública enviada aos órgãos de governo próprio da Região e associando-se à defesa das causas que são apresentadas pelos pais e encarregados de educação que se manifestam no sentido de que se possa avançar para a construção de uma nova escola na Povoação, a Deputada do CDS-PP recordou ainda que, no caso da Escola Maria Isabel do Carmo Medeiros, esta já é a segunda vez que a população da Povoação se manifesta.
“Este ato de cidadania, que se repete passados seis anos, manifesta a legítima insatisfação desta população que entende que as condições da atual Escola Maria Isabel do Carmo Medeiros, não oferece as condições ideais para que os seus filhos a frequentem, nem tão pouco contribuem para a motivação, nem para o sucesso escolar dos seus educandos. Se a subscrição de uma petição deveria ser considerada uma chamada de atenção ao Governo Regional, uma segunda petição, versando o mesmo tema, clama por uma intervenção urgente”, declarou.
A parlamentar do CDS-PP sublinhou que face ao que está vertido na petição “parece óbvio que embora tenham existido algumas intervenções que procuraram minimizar as dificuldades no edifício existente, essas intervenções não foram suficientes, nem vão de encontro às expectativas e necessidades de quem a frequenta”.
“Se houve uma altura em que a população da Povoação não quis a deslocação da nova escola para a periferia do Concelho, neste momento, essa questão já não se coloca. A população pretende que o Governo assuma o compromisso da construção de uma escola que resolva os problemas atuais de precariedade de condições e constrangimentos, bem como os problemas de insuficiência de instalações que o atual edifício apresenta. É uma questão que necessita de uma resposta concreta e definitiva. Fazer remendos num edifício que não oferece as condições físicas suficientes para a utilização atual não nos parece ser a melhor solução”, afirmou.
Ana Espínola apontou, por outro lado, “a política do betão” seguida durante vários anos pelos Governos da Região, no intuito de “dotar a rede pública de ensino de mega escolas e, até mesmo, não se coibiu de encerrar algumas escolas de freguesia para viabilizar e justificar os mega empreendimentos educativos”.
Porém, acrescentou, “neste momento, sobram alguns exemplos de escolas que ainda carecem de intervenção, como é o caso desta escola na Povoação, mas também é o caso da prometida escola básica e secundária da Calheta que ainda não conseguiu passar de um projeto numa folha de papel. Depois de ter sido lançado o procedimento concursal para a empreitada da construção da nova Escola Básica e Secundária da Calheta, esse mesmo procedimento concursal teve de ser suspenso por erros e omissões. Era esperada, em Junho, a abertura de novo processo, mas parece que este projeto enguiçou, pois sobre ele nada mais se soube”.
Ana Espínola frisou que o CDS-PP “não é a favor de mega escolas, mas de escolas que ofereçam as condições necessárias ao bem-estar e à segurança e promotoras do sucesso escolar”.
GI CDS-PP Açores/RL Açores