Aníbal Pires considera que economia da ilha de São Jorge está estagnada e culpa Governo Regional

A representação parlamentar do PCP terminou hoje a visita à ilha de São Jorge. Ao longo desta semana Aníbal Pires estabeleceu contacto com várias entidades e com a população da ilha de forma a inteirar-se dos problemas que assolam São Jorge.

Problemas esses que se fazem sentir em vários setores fundamentais para a economia da ilha e, que na opinião do comunista, se devem à Governação socialista.

Para o deputado do PCP Açores a estagnação da economia local e a perda de população são uma das grandes preocupações para a ilha de São Jorge.

Para o comunista, tudo se resume às políticas erradas da governação socialista.

“O esvaziamento progressivo da base económica e as políticas de centralização e concentração noutras ilhas, que o PCP tem denunciado e firmemente combatido, têm tido efeitos devastadores sobre a ilha de São Jorge, provocando a estagnação da economia local e a continuada perda de população”, lamentou o parlamentar.

De acordo com Aníbal Pires, “a emigração cresce, como há muito não se verificava e, embora a sua real dimensão não seja conhecida, este é um resultado das políticas erradas do Governo do PS”, destacando o facto deste fenómeno atingir “primordialmente os jovens, que não encontram na sua ilha emprego ou perspetivas de vida”.

Para Aníbal Pires, “a emigração tem efeitos dramáticos no plano humano e comprometem e condicionam o desenvolvimento futuro de São Jorge”.

Apesar do crescimento turístico, Aníbal Pires lamentou os constrangimentos que os transportes aéreos têm causado a esta ilha.

“A desadequação e escassez da oferta do transporte aéreo continua a ser um factor de estrangulamento do sector turístico de São Jorge, mas também a ausência de um verdadeiro sistema integrado de transportes entre as ilhas do Triângulo e de todo o Grupo Central, prometido mas nunca posto em prática pelo Governo Regional, contribui para estas dificuldades”.

Críticas também dirigidas ao Governo no que toca às políticas e investimentos públicos em infraestruturas que o comunista considera de tardias ou desadequadas. Exemplo disso é o porto do Topo.

“A prometida obra de beneficiação e ampliação do porto do Topo, apesar de prometida e anunciada a cada visita do Governo Regional, continua apenas no papel e, entretanto, vão se degradando as suas condições de operacionalidade e segurança, com prejuízo para os pescadores e utentes do porto”.

Para Aníbal Pires todos estes problemas e muitos outros acabam por assolar a economia da ilha, considerando que há apenas um culpado, o Governo do PS.

Liliana Andrade/RL Açores