Anomalias na construção poderão justificar danos no porto do Topo

O Porto do Topo vai ser sujeito a averiguações para apurar as causas das anomalias detetadas ainda antes da destruição causada pela tempestade Hipólito. De acordo com notícia avançada pelo Jornal Diário Insular, a informação foi revelada por fonte oficial da secretaria regional do Mar e das Pescas (SRMP). Entretanto, já foi solicitada “a execução imediata da correção de todos os defeitos em obra”. A mesma fonte adiantou ainda ao DI que “Não se tendo procedido às reparações necessárias, com a passagem da depressão Hipólito, no dia 11 de janeiro, ocorreu a rutura de coluna de aduelas”.


A obra foi inaugurada em 2020 e rececionada em janeiro de 2021, estando ainda a decorrer o respetivo período de garantia. “Inspeções submarinas executadas em julho de 2022 e agosto de 2023 revelaram a existência de infraescavações no lado exterior do enraizamento do molhe-cais que demonstraram repercussões na plataforma do cais e no alinhamento do muro cortina”, segundo uma fonte governamental.


“Na sequência do aparecimento de fissuras na superfície do pavimento da estrutura e da existência de um assentamento de altura variável, na junta entre o caixotão e o enraizamento constituído por colunas de aduelas, foram solicitados esclarecimentos e opinião técnica sobre essa patologia a todos os intervenientes por parte da secretaria regional do Mar e das Pescas”, de acordo com a mesma fonte.


Ainda de acordo com a notícia avançada pelo DI que tem por base a informação oficial que foi facultada a este Jornal, “o projetista informou previamente que no início da construção da obra foi proposto pelo empreiteiro alterar o projeto inicial, onde foi proposto substituir os três caixotões por apenas um”, sendo que “essa alteração foi projetada pelo próprio projetista para o empreiteiro e aceite pelo dono de obra”.


Face às patologias verificadas, “em outubro último foi reforçada a necessidade de se dar máxima prioridade ao assunto, considerando que se aproximava mais um inverno e para não se correr o risco de colapso da estrutura, devido a ‘suspeitas’ de patologias graves que não foram acauteladas.”.