O Secretário Regional da Agricultura e Florestas defendeu esta quarta-feira, em São Jorge, que apoiar os projetos de modernização e inovação das cooperativas de laticínios é essencial para assegurar o futuro do setor leiteiro.
“As apostas na modernização e na inovação não são apenas chavões de discursos políticos, são uma necessidade e uma realidade à qual o Governo Regional está atento e considera essencial apoiar, para que esta fileira do leite continue a afirmar-se, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento da Região, para o progresso dos Açores, para a afirmação da nossa economia e, por via disso, para aumentar as nossas exportações”, afirmou João Ponte.
O titular da pasta da Agricultura, que falava no final de uma reunião com a Direção da Cooperativa Agrícola de Lacticínios dos Lourais, anunciou que o Governo dos Açores vai comparticipar o investimento desta cooperativa em cerca de 200 mil euros para a aquisição de uma bactofugadora, um equipamento de grande relevância para uma empresa que produz queijo a partir de leite cru de vaca.
João Ponte salientou que os investimentos financiados pelo PRORURAL+ têm sido muito importantes para o desenvolvimento do arquipélago, mas, neste caso concreto, o apoio que o Governo vai atribuir será feito exclusivamente com verbas próprias da Região.
“Trata-se de um equipamento moderno, que, de forma genérica, vai permitir alcançar ainda maiores ganhos ao nível da qualidade do leite laborado e, por via disso, ganhos de produtividade”, disse João Ponte, reconhecendo o esforço que a Cooperativa dos Lourais tem feito para se modernizar e acompanhar as exigências do mercado.
A Cooperativa Agrícola de Lacticínios dos Lourais, com um volume de negócios superior a dois milhões de euros, laborou em 2017 mais de seis milhões de litros de leite, o que representa mais 200 mil litros, comparativamente ao ano anterior.
João Ponte destacou ainda o facto de Portugal importar anualmente cerca de 54 mil toneladas de queijo, sendo os Açores responsáveis por 50% da produção nacional, ou seja, em 2017, foram produzidas no arquipélago 31 mil toneladas de queijo.
“Isto significa que a Região tem aqui uma boa oportunidade para conquistar mais mercado a nível nacional. Importa, pois, continuar a apostar na melhoria da qualidade dos queijos produzidos, na inovação e na diversificação para conseguir valorizar, cada vez mais, a produção”, defendeu o Secretário Regional.
GaCS/RL Açores