Associação de Pescadores de São Jorge denuncia pesca ilegal dentro das seis milhas pertencentes à ilha (c/áudio)

Há embarcações de outras ilhas a realizar pesca de palangre de fundo dentro das seis milhas pertencentes a São Jorge. A denúncia foi feita esta quinta-feira por António Laureno, o presidente da Associação de pescadores da Ilha de São Jorge.

De acordo com Laureno, esta situação já se arrasta há algum tempo, mas só agora o representante dos pescadores decidiu vir a público denunciá-la.

Ora pesca de palangre de fundo é proibida, mas há embarcações de outras ilhas que teimam em realizá-la e dentro das seis milhas pertencentes a S.Jorge, algo que a juntar à ineficácia das autoridades apontada por Laureno, não satisfaz em nada os pescadores jorgenses.

António Laureno afirma que a fiscalização até é feita, mas não a tempo suficiente, admitindo que a Associação e os pescadores começam “a ficar fartos” da situação.

A situação ganha outros contornos quando já existem pescadores da ilha a serem prejudicados diretamente e quando chegam mesmo a haver situações insólitas, como conta o presidente da Associação de Pescadores.

António Laureno afirma que as embarcações que estão a praticar este tipo de pesca que é proibida dentro da zona pertencente à ilha de São Jorge, são provenientes do Pico, Faial e principalmente da ilha Terceira.

 

 

 

Já o Inspetor Regional das Pescas, Rogério Ferraz, afirma que de facto receberam as denúncias da Associação de Pescadores de São Jorge e que foram acionados os meios, garantindo que nada ficou por fazer em termos de fiscalização.

No entanto, nem todas as denúncias conseguem ser comprovadas.

Rogério Ferraz explica que muitas vezes não é possível apanhar os infratores devido à hora da denúncia, explicando que no caso da pesca de palangre de fundo a situação é ainda mais complicada, tendo em conta a hora que esta pesca é feita.

 

Liliana Andrade/RL Açores