Assunção Cristas nos Açores: Antecipação do imposto sobre combustíveis é “mais um sinal de alarme”

A candidata à presidência do CDS-PP no XXVI Congresso Nacional do Partido, Assunção Cristas, disse, esta sexta-feira, em Ponta Delgada, que a antecipação da receita do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos é “mais um sinal de alarme”, acusando o Governo de António Costa de querer “dar com uma mão aquilo que depois vai tirar com duas”.

“O terem de antecipar uma receita que estava planeada mais para a frente é, provavelmente, mais um sinal de alarme porque, de facto, as coisas não estão bem”, afirmou Assunção Cristas, na Candelária, ilha de São Miguel, após visitar a empresa “Quintal dos Açores”.

Para a antiga governante, que se encontra no arquipélago para apresentar a candidatura aos simpatizantes e militantes do partido, este “é mais um sinal de preocupação”.

“Nós vemos o Governo a fazer remendos, a desenhar um cenário que não corresponde à realidade, a fazer um filme que é de ficção e, depois, embate com a realidade e a realidade mostra-lhe que não pode ser assim, e depois anda a corrigir, mas anda a corrigir no mau sentido muito provavelmente”, declarou.

Assunção Cristas referiu que se o Governo, liderado pelo socialista António Costa, “tivesse desenhado as coisas de outra maneira desde o início, em vez de fazer concessões à esquerda radical, se calhar” o país mantinha “um crescimento e um rumo de consolidação das contas públicas, de crescimento económico, de emprego”.

“Este imposto é a prova evidente de que o Governo quer, aparentemente, dar com uma mão aquilo que depois vai tirar com duas mãos. E vai ao coração da classe média portuguesa, das famílias e das empresas, pequenas e médias empresas que têm precisamente nessa parte dos combustíveis uma fatia relevante dos seus custos de produção”, continuou Assunção Cristas.

A candidata centrista acusou o executivo de estar “com muito pouca atenção ao crescimento económico feito pelas empresas, pela dinamização da atividade privada” ou noutras áreas que “requerem estabilidade laboral, estabilidade fiscal e apoio financeiro para se poderem desenvolver”.

Questionada se pode surgir um novo resgate, Assunção Cristas respondeu: “Eu quero crer que não. Mas preocupo-me quando vejo um primeiro-ministro a dizer que está muito tranquilo quando ninguém à sua volta está tranquilo, quando as entidades nacionais e internacionais independentes não estão tranquilas, quando os mercados começam a dar os sinais de nervosismo e, obviamente, todos os portugueses começam a ficar preocupados”.

GI CDS-PP Açores/RL Açores