Em São Jorge há uma associação de Futebol destinada ao escalão de formação de costas voltadas com a Associação de Futebol de Angra do Heroísmo. A Associação jorgense, AtlânticFut, viu recusada a sua intenção de integrar as competições no escalão de infantis na ilha.
Uma associação que dá formação futebolística a crianças entre os 4 e os 10 anos vê assim os seus 54 atletas sem hipótese de competirem como as restantes equipas da ilha.
O descontentamento dos pais é grande, sendo que já foram escritas várias cartas abertas a denunciar a situação. Agora as críticas vão dirigidas não só à Associação de Futebol de Angra mas também à própria AtlânticFut, que pondera fechar portas.
Margarida Oliveira é mãe de 3 crianças que faziam parte da formação da AtlânticFut, que “supostamente” estava filiada na Associação de Futebol de Angra do Heroísmo (AFAH) desde 2011.
De acordo com Margarida Oliveira, segundo informação recebida recentemente pela AtlãnticFut, afinal a filiação não existia, algo com que esta mãe não se conforma e não percebe porquê só agora a descoberta deste erro.
“Todo o processo d filiação de um clube foi cumprido rigorosamente, houve o pagamento de uma taxa, houve a inscrição, houve uma troca de e-mails até com a própria Federação, nomeadamente a respeito de castigos de atletas”, explicou Margarida, acrescentando que “neste momento estamos em 2015, portanto eu acho que o Dr. Nunno Maciel foi um bocado leviano a abordar esta questão da AtlânticFut Associação”, isto porque “leva quatro anos a aperceber-se de um erro burocrático”.
Ora as críticas aumentam pela parte de Margarida Oliveira quando posta de parte a ideia da AtlânticFut entrar na competição surge uma alternativa da parte dos pais, no entanto mais uma vez uma hipótese rejeitada pela AFAH.
Em conjunto com outros pais Margarida diz que começaram a pensar numa alternativa, “onde é que vamos colocar estes miúdos para que eles possam competir?”. Margarida conta que abordaram um clube da ilha, no entanto, como explica esta mãe, “são 54 miúdos, sendo que nem todos estão em idade de competição e, foi então levantada a hipótese de ser criado um novo núcleo em qualquer uma das equipas. O Dr. Nuno Maciel foi novamente contactado e mais uma vez recusou”.
Com tudo isto, e segundo Margarida, a AtlânticFut pondera mesmo fechar portas, o que a faz criticar também os seus dirigentes.
“Lamento sinceramente que a AtânticFut esteja a ponderar seriamente fechar as portas, porque os pais destes atletas sempre apoiaram a AtlânticFut, sempre estiveram do lado deles para tudo o que foi preciso e realmente lamentamos que tudo isto tenha acontecido e, também a tomada de atitude da AtlânticFut Associação de estar a ponderar seriamente fechar as portas. Quanto a mim não é assim que se resolve a situação”, afirmou esta mãe.
As soluções essas são uma incógnita para Margarida Oliveira, que quer acreditar que tudo isto não se trata de uma “batalha pessoal” entre Nuno Maciel, presidente da Associação de Futebol de Angra e os dirigentes da AtlânticFut.
A RL Açores contactou com a direção da AtlânticFut que disse que de momento prefere não se pronunciar sobre o assunto.
Também o Presidente da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo, Nuno Maciel, não se mostrou disponível para declarações, dizendo mesmo que o assunto estava encerrado.
Liliana Andrade/RL Açores
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