A saudade foi o tema central do Concerto Solidário promovido pela Assembleia Legislativa em São Jorge, na noite de 17 de maio. Foram vários os grupos jorgenses que cantaram, tocaram, dançaram e proclamaram a saudade numa espécie de homenagem à ilha.
Em declarações à RL Açores, Ana Luís, Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, destacou o aspecto solidário deste concerto e fez um balanço positivo do evento.
“As palavras são sempre poucas depois do que vimos hoje à noite, acho que São Jorge está de parabéns”, tendo sido “possível trazer a este palco o que de melhor há em São Jorge, a música, a dança e, acima de tudo, a inclusão onde estas pessoas tão especiais que hoje também nos aqueceram o coração, mostrando que afinal não são assim tão diferentes”, frisou Ana Luís.
A presidente da Assembleia explicou que este é um projeto desta legislatura que está a ser desenvolvido em todas as ilhas, sendo esta a quarta ilha onde se realiza o concerto solidário e destacou que a Assembleia apenas tem a iniciativa, uma vez que “o trabalho é de cada uma das ilhas, das pessoas que aceitam participar gratuitamente e de uma forma muito generosa e que no caso de São Jorge excedeu todas as nossas expetativas.”
A entrada no concerto era gratuita, sendo que deveria levar-se um donativo uma vez que se tratava de um concerto solidário, donativos esses que foram entregues à Santa Casa da Misericórdia de Velas, escolhida através de sorteio.
José Guilherme, representante da instituição, afirmou que este foi “um espetáculo muito bonito e muito digno”, congratulando-se que o produto final tenha sido para a Santa Casa da Misericórdia de Velas, uma vez que todas as verbas são necessárias para a manutenção de todas as valências desta instituição.
Por seu turno, Luís Silveira, presidente do Município de Velas, destacou a realização do evento por parte da Assembleia.
“Apraz-nos, antes de mais, felicitar o parlamento regional na pessoa da senhora presidente por esta magnifica iniciativa de trazer o parlamento até às nove ilhas dos Açores”, afirmou Luís Silveira, acrescentando, por outro lado, que “esta iniciativa permite não só as nossas instituições participarem e mostrarem aquilo que de bom se faz na nossa terra, mas por outro lado tem a parte solidária que é ajudar as nossas IPSS, que também atravessam muitos momentos difíceis.”
O autarca velense mostrou ainda grande satisfação por este ter sido mais um evento realizado com a “prata da casa”, dizendo que é importante “acarinhar estas instituições para que eles tenham condições de prosseguir e motivação para continuar”.
Já Décio Pereira, presidente da Câmara Municipal da Calheta, destacou a importância da solidariedade, dizendo mesmo que “a solidariedade deve ser todos os dias”, referindo que “no tempo que vivemos, ser solidário é quase uma obrigação e um dever cívico que todos nós temos”.
“Ficou provado que São Jorge, para além de todos os recursos que tem paisagísticos, culturais, históricos, tem também recursos humanos capazes de produzir coisas muito boas.
Liliana Andrade/RL Açores