Perante a recente revelação de que a Easy Jet exigiu contrapartidas financeiras para viajar para a ilha Terceira, o Bloco de Esquerda deduz, legitimamente, que as companhias ‘low-cost’ que viajam atualmente para São Miguel estarão a receber contrapartidas que os Açorianos desconhecem, e exige o esclarecimento total desta questão.
Em resposta a um requerimento, o Governo da República revelou que, para voar para a ilha Terceira, a Easy Jet exigia contrapartidas financeiras ao longo de três anos para cobrir custos fixos, riscos comerciais e financeiros e custos de hadling, assim como um acordo de exclusividade e garantia de rácios de operação, e ainda outras condições que contrariavam a liberalização dos espaço aéreo dos Açores.
Perante esta informação, a deputada Zuraida Soares disse hoje, no parlamento dos Açores, ser “legítimo deduzir que as companhias ‘low-cost’ que voam para São Miguel podem estar a receber o mesmo tipo de contrapartidas”, situação que não foi negada pelo Governo Regional.
No âmbito de uma sessão de perguntas orais ao Governo Regional, a deputada do BE criticou o jogo do empurra e as manobras políticas em torno da utilização civil da Base das Lajes que colocam sempre os interesses dos EUA à frente dos interesses dos Açores. Neste sentido a deputada Zuaida Soares insisitiu na utilização civil das infraestruturas da Base das Lajes, colocando a posição geoestratégica dos Açores ao serviço da economia da Região.
Quanto à questão do aumento das escalas técnicas nas Lajes, a deputada Zuraida Soares alertou para o impacto que este aumento teria no aeroporto de Santa Maria: “aumentar as escalas téncias nas Lajes é diminuir as escalas técnicas em Santa Maria, ou seja, é seguir a lógica de tirar a uns pobres para dar a outros pobres”.
GI BE Açores/RL Açores