Bom momento do turismo regional deve ser encarado como ponto de partida para afirmação do destino, afirma Vítor Fraga

O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou esta segunda-feira, em Ponta Delgada, que o facto de o setor do turismo viver um novo período de desenvolvimento não deve ser encarado como um ponto de chegada, mas como um ponto de partida para os Açores se destacarem na oferta de turismo a nível global.

“Os indicadores mais recentes continuam a demonstrar que estamos numa trajetória de consolidação que visa a sustentabilidade do setor”, afirmou Vítor Fraga, destacando o crescimento de 36,0% nas dormidas de janeiro a maio de 2016, três vezes superior à média nacional e que injetou diretamente mais cerca de 5,5 milhões de euros na economia regional.

Vítor Fraga, que falava na apresentação do 28.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, frisou que o turismo dos Açores “vive um novo momento, um novo período de desenvolvimento”, reafirmando que 2015 foi “o melhor ano de sempre do turismo na Região”.

O titular da pasta do Turismo salientou, no entanto que “tudo isto não deve ser encarado como um ponto de chegada, mas sim como um ponto de partida”.

“Um ponto de partida para nos superarmos diariamente e sermos não só bons, mas efetivamente os melhores numa indústria fortemente competitiva à escala global”, afirmou Vítor Fraga, para quem a Região tem de ter permanentemente “capacidade de inovar, qualificar e modernizar a oferta turística, em geral, e do alojamento turístico, em particular”.

Na sua intervenção, apontou que, ao nível da hotelaria, “há que vender a experiência para além do alojamento, ou seja, uma experiência única, que reflita a essência dos Açores enquanto destino turístico, isto é, claramente identificada com o património natural, edificado e cultural”.

O Secretário Regional relembrou que o principal produto turístico regional é o turismo de natureza, apelando à associação de conceitos da cultura e tradições locais com o conforto que as novas soluções de construção e arquitetura permitem, e que obedeçam aos padrões internacionais de construções ‘verdes’.

“No fundo, criar um conceito açoriano de ‘Cool and Cosy’, em que o visitante se encontre envolvido num ambiente único, capaz de o surpreender permanentemente e de lhe despertar o desejo de cá voltar”, afirmou, garantindo que os empresários “podem contar com o Governo dos Açores, que está, como sempre esteve e estará, ao seu lado para ultrapassar e vencer todos os desafios com que se deparem”.

“Os nossos empresários sabem que não estão sozinhos”, frisou, realçando a dinâmica efetiva entre setor privado e Governo, num claro alinhamento de objetivos estratégicos, dando como exemplo o facto de a Região possuir “o mais generoso, abrangente e intenso sistema de incentivos, que tem como principal objetivo, para além de captar novos investimentos, contribuir para a requalificação da oferta existente, enquadrando-a com a estratégia de desenvolvimento e qualificação da oferta turística da Região”.

Vítor Fraga considerou ser “uma honra para os Açores receber um evento com o prestígio deste Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo”, destacando que a Região vai continuar a trabalhar para desenvolver este vital setor da economia açoriana, tendo sempre em conta a sustentabilidade económica, ambiental e social.

“Tenho afirmado e insistido na ideia de que o turismo nos Açores só é bom se for efetivamente bom para quem cá vive. É por isso que acredito também que o desenvolvimento deste setor no nosso arquipélago só poderá ser bem feito se continuar a contar, como estou certo que acontecerá, com a participação de todos os parceiros e entidades, públicas e privadas, como é o caso de todos aqueles que a AHP representa”, afirmou Vítor Fraga, que também manifestou o desejo de que este congresso que se vai realizar nos Açores seja “o melhor de sempre que a AHP já realizou”.

GaCS/RL Açores