Calhetenses preocupados com demora no arranque da obra da EBS da Calheta e com o destino dos inertes (c/áudio)

Na última sessão extraordinária do Conselho de Ilha, que decorreu na passada semana, o Conselheiro Gil Berquó levantou questões relacionadas com a demora no arranque das obras da Escola Básica e Secundária da Calheta, bem como com o destino dos inertes que serão de lá retirados aquando do início da obra.

De acordo com o conselheiro, a preocupação é geral, uma vez que não há ainda uma data para o início das obras, tendo sido a adjudicação da mesma adiada já uma série de vezes.

“A minha preocupação em termos da adjudicação da obra é que o concurso já devia ter sido aberto, já foi interrompido por duas ou três vezes, o que vai adiando e adiando a obra”, frisou o conselheiro.

Gil Berquó registou que a sua “grande preocupação, dos pais e de toda a gente que está ligada ao ensino é que não estamos a ver quando é que esta obra efetivamente vai arrancar”.

Outra questão preocupante são os inertes que irão ser retirados daquela zona, tendo o conselheiro deixado uma proposta ao Conselho de Ilha para ser posteriormente enviada ao presidente do Governo Regional.

A proposta assenta no facto de “em vez de toda essa pedra ter que atravessar metade da ilha, o que iria causar grandes estragos nas nossas estradas regionais e municipais, seria a da sua colocação na orla marítima logo junto àquela estrada”.

Proposta esta que na opinião de Gil Berquó constituiria “uma mais-valia”, tendo em conta que aquela zona da EBS da Calheta acaba por ficar muio congestionaa logo pela manhã e pelo final da tarde, quando começam e terminam as aulas e passam os autocarros e os pais que vão buscar os filhos, podendo “qualquer dia acontecer ali um acidente muito grande”.

A presidente do Conselho de Ilha, Isabel Teixeira, considerou esta proposta “muito pertinente”.

“O Conselho de Ilha irá oficiar ao Presidente do Governo Regional dos Açores para que seja feito tudo aquilo que for possível aquando do início da obra da EBS da Calheta para que os inertes e entulho e tudo o que seja retirado de lá não seja transportado para a Tecnovia, mas sim que seja usado para este novo acesso”, explicou Isabel Teixeira.

Um acesso que os calhetenses “protestam há muito tempo”, segundo palavras da Presidente do Conselho de Ilha. Esse acesso seria então para a Fajã Grande, “para um acréscimo da estrada e dar um seguimento na via que vai da Escola até à Indústria Conserveira de Santa Catarina”.

A referida proposta será enviada ao Presidente do Governo Regional, ficando o Conselho de Ilha a aguardar a respetiva resposta.

Liliana Andrade/RL Açores