“A pobreza que mais me incomoda é a pobreza dos mais idosos”, disse hoje o deputado José Pacheco após a intervenção do Vice-Presidente do Governo Regional, Artur Lima. E, por isso, o deputado do CHEGA referiu que os mais velhos “têm de ser uma prioridade para todos nós”, fazendo referência ao aumento do chamado “cheque-pequenino” que tem sido uma das bandeiras do partido.
Para o próximo ano o complemento regional de pensão será aumentado em 15%, mas José Pacheco lembrou que “para alguns 15% é pouco, 20% é pouco, até 50% seria pouco. Mas este aumento é muito para aqueles que pouco têm”. Neste sentido, o parlamentar acrescentou que só irá ficar satisfeito “no dia em que um idoso não viva abaixo daquilo que é o ordenado mínimo”, garantindo que nunca vai deixar de lutar por uma vida mais digna para os mais velhos.
Com o envelhecimento e consequentemente desertificação dos Açores, o CHEGA também apresentou uma medida de apoio à natalidade, a aplicar nas zonas onde é mais visível o despovoamento. “Seria muito fácil contentar a todos, mas o critério é introduzir esta medida onde houve perda de população. Tive dúvidas por ser para utilizar nas farmácias, mas não conseguimos encontrar um mecanismo que fosse fácil de fiscalizar. Foi a solução que se arranjou, mas estamos sempre disponíveis para melhorar”, disse.
José Pacheco acrescentou que este projecto-piloto – que atribui 1.500 euros a cada bebé nascido desde 1 de Janeiro de 2022 em concelhos com perda de mais de 5% da população nos últimos anos – pode ser alterado e melhorado. “Vamos testar, vamos ver o que resulta, se resultar, resulta, o que não resultar, modifica-se”, explicou.
Relativamente ao montante a atribuir (1.500 euros) e a quem garante ser uma quantia insignificante, José Pacheco respondeu que “esse valor é uma grande ajuda para quando nasce uma criança. A maioria dos açorianos agradece uma ajuda. É uma ajuda, não vamos pagar o nascimento de bebés, vamos ajudar”, destacou o parlamentar.
Neste sentido, José Pacheco garantiu que o CHEGA vai fiscalizar as medidas a implementar “com lealdade no diálogo e nas negociações”, mas também com espírito crítico. “É isso que os açorianos esperam de nós. Não mudamos os discursos nem as bandeiras quando as coisas vão no caminho correcto”, acrescentou ao falar das nomeações políticas do actual governo, mas também lembrando “as associações de juventude fantasmas e as IPSS’s para lavar dinheiro” instituídas no tempo da governação socialista.
GICHEGA/ RL Açores