
O conselho de Ilha de São Jorge reuniu esta segunda-feira, numa sessão extraordinária, que teve como objetivo principal a emissão do parecer escrito sobre a proposta do Plano Anual Regional para 2015, que tal como o parecer dado à anteproposta continua a ser favorável, de acordo com Isabel Teixeira, mantendo-se, no entanto, contra a Casa da Autonomia cujas “verbas deveriam ser distribuídas pelas nove ilhas”.
A presidente do Conselho de Ilha afirmou que apenas se pretendeu esclarecer alguns pontos que podem ter sido mal interpretados.
Isabel Teixeira referia-se às verbas destinadas ao Pavilhão de judo e ao Museu Francisco Lacerda, que no parecer dado à anteproposta foram denominados pelo próprio Conselho de Ilha como “ostentações de luxo” tendo em conta “a crise socioeconómica” que se verifica.
No entanto, a presidente afirmou que “este Conselho de Ilha não está contra essas infraestruturas”, defendendo apenas que tendo em conta a situação não deviam ser prioridade para a ilha.
Isabel Teixeira revelou que o Conselho de Ilha está sim contra a construção da chamada Casa da Autonomia, defendendo que essa considerável verba deveria ser distribuída pelas nove ilhas, beneficiando no caso de São Jorge o setor da saúde.
No que respeita à Casa da Autonomia, “é uma verba muito considerável e somos da opinião que essa verba devia ser distribuída pelas nove ilhas dos Açores e ser investida em infraestruturas, que para nós em São Jorge seria na saúde, uma vez que é extremamente necessário intervir nos dois Centros de Saúde da ilha”.
Recorde-se que apesar do parecer favorável ao Plano Regional Anual para 2015, o Conselho de Ilha de São Jorge continua a lamentar a falta de verbas para a saúde e “a inexistência de verbas dedicadas à rampa ro-ro na Calheta”, prometida na última visita estatutária.
Liliana Andrade/RL Açores