As palavras do João – Dizeres repartidos
Escrevo hoje esta crónica repartida, que espelha o que mais me chamou a atenção no decorrer da presente semana.
Não concordo que a ANA e a direção do aeroporto de Ponta Delgada tivessem acabado com o parque de estacionamento gratuito que tanto jeito dava a quem tem poucas posses e quer ir receber ou despedir-se de familiares ou amigos. Já havia dois parques pagos. Mais um? Não se auscultou ninguém. Numa decisão unilateral, acabou-se e pronto!
Porque razão os senhores dos parquímetros de Angra andam fardados quase de forma idêntica aos agentes da PSP? Há que destrinçar entre uns e outros, sob pena de andarmos sempre a apanhar sustos.
Gostei de saber que houve em tempos um maluco, que, clandestinamente, se meteu no trem de aterragem de um avião transatlântico que o levou à borla dos Açores à América. Como se resiste sobre o Atlântico Norte a altitudes com temperaturas negativas e se sobrevive durante uma infinidade de horas? Só mesmo tendo costela açoriana.
Vêm aí eleições. Votar? Um direito, um dever cívico. Vamos lá a pôr a cruzinha e reiterar que somos europeus de bom grado, não obstante a “comidela” que persiste da grande finança que não desarma, sobretudo a alemã. É bem verdadeiro o ditado que diz que quanto mais me bates, mais eu gosto de ti.
Estão aí a chegar as grandes festas do Sr. Santo Cristo com aviões aos montes cheios de gente nossa da diáspora. É o mercado da saudade a vir cumprir o preceito de todos os anos. Ponta Delgada engalana-se para receber e recebe bem. É o religioso aliado ao profano num misto que o povo gosta e que se traduz em procissão, tascas e convívio. Em Angra, já surgem também sinais de festa com a Câmara e Comissão das Sanjoaninas a decorar as ruas. Prepara-se, segundo se ouve, uma grande festa na cidade património. A ver vamos.
O barco já navega. Bom para os jovens que andam aí a saltitar como pardais de ilha em ilha. Tendas às costas, latas de conservas nas mochilas e ala bote. O mar obriga e o mar abriga.
João Gago da Câmara