
Ainda o mundial João Gago da Câmara
Partir para uma empresa destas, que é participar num mundial, é tarefa que tem sempre que ser encarada com enorme responsabilidade. É que está em jogo a imagem de um país, e também, clara e inequivocamente, elevados interesses económicos vindos de altos patrocínios, bem como todo o feedback que os países podem, ou não, ter da publicitação dos seus interesses nacionais que as seleções sempre transportam na bagagem. Não é com casmurrices, do ponto de vista de opções técnicas de duvidoso retorno, que se chega lá, nem de “endeusamentos ronaldianos”, muito menos. É com muito trabalho prévio, organizado e responsável. É também com uma política de prevalência da seleção sobre os clubes de cada um. Os jogadores chegam esfalfados, ainda por cima levando o ónus de não precisarem de estrelatos perante os “olheiros” do mundo pois estrelas já eles são nos países onde trabalham. Foi uma seleção que chegou longe no campeonato europeu, mas que era idosa e esteve gasta e desencantada para o mundial, certamente por representar um país medíocre e deprimido. A depressão, quero crer, passa também para dentro das quatro linhas. A solução, foi, pois, regressar, mas, com base na triste e revoltante experiência, impõe-se por para trás ortodoxias e repensar maduramente o presente na perspetiva de afiançar um futuro mais condigno com base no forte potencial humano que sempre temos.
As palavras do João