
A empreitada de construção do novo Museu Francisco Lacerda, em São Jorge, tinha sido adjudicada em julho de 2016. No entanto, a obra, num valor superior a 3 milhões de euros, nunca se iniciou.
O Secretário regional da Educação diz que a demora se prende com o visto do Tribunal de Contas e que se espera que esteja para breve o fim deste processo.
Avelino Meneses visitou, no âmbito da visita estatutária do Governo a São Jorge, as atuais instalações do Museu.
O novo museu Francisco Lacerda que terá lugar na antiga fábrica de conservas Marie D’Anjou, junto ao cais da Calheta, e cujo projeto já foi apresentado há mais de dois anos ainda não teve qualquer avanço.
Para breve é o único dado temporal que o Secretário regional da Educação e Cultura pode avançar quanto ao lançamento da obra a concurso. A demora essa reside no visto do tribunal de contas.
Avelino Meneses garante, por outro lado, que o processo está reta final, destacando a importância de construção de um novo museu.
No entanto, já esta quarta-feira e de acordo com nota do GaCS, o Tribunal de Contas, através da Seção dos Açores, concedeu quarta-feira o visto à empreitada de adaptação da antiga fábrica de conservas ‘Marie D’Anjou’ para as novas instalações do Museu Francisco Lacerda, na Calheta, em S. Jorge.
A realização desta empreitada, que foi adjudicada ao agrupamento AFAVIAS Açores e AFAVIAS, Engenharia e Construções, ACE por cerca de 3,6 milhões de euros, com um prazo de execução de 450 dias, enquadra-se no âmbito da prossecução dos objetivos do Governo dos Açores em matéria de defesa e valorização do património arquitetónico e cultural regional.
As novas instalações, que terão como ponto alto a música e serão implementadas nos terrenos e no edifício industrial da antiga fábrica de conservas ‘Marie D’Anjou’, situado em frente ao porto da Calheta, pretendem também associar-se à requalificação imobiliária desta vila jorgense.
Este empreendimento, cujas obras devem arrancar em breve, vai desenvolver-se por três núcleos, relacionados com a ilha, a música e a indústria conserveira, procurando dar resposta às crescentes necessidades de reformulação e redimensionamento do espaço físico do Museu Francisco Lacerda.
As atuais instalações debatem-se com a exiguidade de espaços e outras condições que condicionam a conservação do acervo existente, a aquisição de novo espólio e a capacidade de captação de diferentes públicos, através do Serviço Educativo e de iniciativas culturais.
Ainda no âmbito da visita estatutária e da visita do Secretário Regional da Educação e Cultura ao Museu Francisco Lacerda, questionado sobre a possibilidade de ser construído em São Jorge um museu do queijo, o Secretário regional diz que isso faz todo o sentido mas que não diz respeito ao Governo regional, sendo que a ser concretizado terá o apoio técnico necessário.
LA/RL Açores/GaCS