Passado um ano, a dívida direta do município foi reduzida em mais de meio milhão de euros, “tentando sempre evitar o saneamento financeiro”, quem o disse foi Luís Silveira. O autarca falava em conferência de imprensa, numa altura em que faz precisamente um ano que o atual executivo camarário das Velas assumiu funções.
De acordo com Luís Silveira, este foi um ano conturbado, dizendo mesmo que quando assumiu funções a autarquia estava numa situação de “colapso iminente, quer técnica, quer financeira.”
“Ao nível financeiro, não posso deixar de destacar a acentuada redução de despesa municipal (em seguros, comunicações, combustíveis, consumíveis informáticos)”, frisou o autarca, acrescentando que hoje conseguem pagar aos fornecedores “a uma média de sete dias contribuindo assim para o bom funcionamento do setor empresarial privado”.
Luís Silveira fez questão de recordar que à entrada deste executivo para a câmara municipal, a divida total do município, das empresas municipais e da Escola profissional estava na ordem dos 12 milhões de euros, “dos quais cerca de metade eram dívida descontrolada”.
No entanto, o Município continua a correr o risco de entrar em saneamento financeiro.
Questionado sobre este assunto, Luís Silveira referiu que só com o fechar do ano económico poderia responder concretamente.
Contudo, o autarca fez saber que atualmente têm uma margem de 200 mil euros a impedir a entrada do município em saneamento financeiro.
“Efetivamente no início do ano nós estaríamos em processo de saneamento financeiro, ou seja, nós ultrapassávamos em sensivelmente meio milhão de euros o valor estabelecido para entrar nesse processo de saneamento e hoje nós temos uma folga de sensivelmente 200 mil euros”, explicou Luís Silveira.
O presidente do município esclareceu ainda que “isto quer dizer que durante este ano já se pagou mais de meio milhão de euros de dívida direta da câmara para poder baixar esse valor que era de quase meio milhão de euros superior no dia 1 de Janeiro deste ano”, salientando que a “31 de Junho desta ano já tínhamos uma margem quase na ordem dos 200 mil euros”.
O caso complica-se devido à divida das Empresas Municipais, que diariamente tende a aumentar. Luís Silveira afirmou mesmo que “esta é uma margem muito reduzida”, tendo em conta que se houver mais algumas surpresas da parte das empresas municipais o município poderá mesmo entrar em reequilíbrio financeiro.
Durante esta conferência de imprensa o autarca fez questão de destacar as empreitadas realizadas pela Câmara Municipal ao longo deste ano, nomeadamente “a Requalificação das zonas balneares da Poça dos Frades e das Piscinas de Entre os Morros; as empreitadas da rede águas da Sede do Concelho e Ribeira do Nabo; a conclusão da Casa Cunha; a continuação do Edificio Sol; o lançamento da obra da Escola Primária das Velas, entre outras”.
Liliana Andrade/RL Açores