A Diretora Pedagógica da Escola Profissional da Ilha de São Jorge, Fernanda Melo, afirmou, em declarações recentes à RL Açores, que acha “um pouco alarmista” o facto de se dizer que a escola profissional está a atravessar um período caótico, não escondendo, no entanto, a situação complicada que se vive a nível financeiro, que tal como diz Fernanda Melo, “é uma situação de conhecimento público”.
“Estamos expectantes e confiantes que vamos conseguir superar esses problemas e que vamos contar também com o apoio do Governo Regional para isso”, frisou Fernanda Melo, “porque se nós conseguirmos recuperar o volume de formação, se nos garantirem uma oferta formativa para o próximo ano lectivo que nos permita aumentar o volume de formação e reerguermo-nos, julgo que esses problemas serão ultrapassados”, explicou.
Confrontada sobre o possível fecho da escola profissional, Fernanda Melo acredita que o Governo Regional não vai deixar que tal situação aconteça, dizendo mesmo não ter “dúvida nenhuma que o Governo Regional não tem intenção nenhuma de fechar a Escola Profissional de São Jorge e que o Governo Regional tem a noção da importância” que a escola tem ao nível da economia local, ao nível da formação de jovens e adultos de toda a região.
A Diretora pedagógica considerou que o facto de as escolas da rede pública poderem abrir cursos de via profissionalizante vem prejudicar as escolas profissionais, pois “retira a possibilidade ingresso desses formandos nas escolas profissionais”.
Fernanda Melo salientou ainda a redução que foi feita a nível de formação na Escola Profissional de São Jorge, que só viu aprovados dois cursos profissionais neste ano lectivo, muito em parte devido ao facto de se estar em fim de quadro comunitário, o que tem um impacto muito grande “ao nível da economia local, ao nível dos postos de trabalho”, sendo que “essa imposição foi feita a todas as escolas profissionais da região”.
Liliana Andrade/RL Açores