O Presidente do PSD/Açores defendeu hoje a Igualdade como o princípio unificador, “que hoje se justifica invocar, como em nenhum outro momento na história da nossa Autonomia”.
Na sua intervenção no debate do Plano e Orçamento para 2016, Duarte Freitas falou “do futuro”, porque “é cada vez mais urgente encontrar caminhos que possam retirar os Açores da grave situação social em que se encontram”.
Elencando “o Emprego, a Saúde, a Educação, os Transportes, a Agricultura e as Pescas” como a base da proposta social democrata para os Açores, o presidente do partido defendeu “a Igualdade de oportunidades. Que permita aos açorianos a sua autonomização enquanto pessoas e enquanto cidadãos. Que permitam aos filhos e aos netos açorianos melhores condições de vida do que tiveram os seus pais e avós”, afirmou.
“Defendemos Igualdade para facilitar às empresas os meios necessários à sua atividade e o acesso facilitado ao mercado, garantindo a criação de emprego sustentável”, disse Duarte Freitas.
Para o líder social democrata, os Açores precisam “de um sobressalto democrático”, que produza “essa igualdade social e diminua drasticamente o abandono escolar, criando um ensino com mais qualidade. Que modernize o sector agro-industrial, liberte a agricultura açoriana e lhe abra novos mercados, que tenha um serviço regional de saúde para todos”.
“Precisam de um sobressalto democrático que termine com 20 anos de um governo que já deu o que tinha para dar. Que já não pensa nos açorianos. Que já não tem soluções”, afirmou.
“Um sobressalto democrático que garanta a liberdade individual de cada cidadão, de cada empresário. Para que ninguém receie escolher o seu caminho, sem medo de represálias”.
“O Plano e Orçamento que aqui discutimos são passado. São mais do mesmo e apresentam propostas antigas”, referiu Duarte Freitas, lembrando que se tratam de propostas “que não foram cumpridas noutros orçamentos, e que o Governo Regional vem agora apresentar como se fossem grandes novidades. É preciso quebrar este ciclo vicioso para que os Açores saiam do marasmo”.
“O governo do PS está velho, viciado e ineficiente perante as urgências não apenas do futuro, mas do próprio presente. Como estaria qualquer governo ao fim de 20 anos”, criticou Duarte Freitas, perspetivando para a Região “um governo que não se conforme com os dois terços das famílias açorianas que recebem menos de 530 euros por mês”.
“Porque são extraordinárias, as contradições deste ciclo de governação. Afinal, temos as melhores instalações escolares e as maiores taxas de abandono escolar e de gravidez precoce. Temos a melhor carne e o melhor peixe, mas de forma persistente as maiores taxas de pobreza. Temos das mais altas execuções de fundos comunitários, mas temos um desemprego infinitamente maior do que há 20 anos. E temos melhores condições de vida em todas as ilhas, embora as disparidades entre ilhas não parem de aumentar”, considerou.
Para o líder do PSD/Açores, “se quem governa quer ter crédito, tem de se habituar à crítica. E se quem critica quer ter crédito tem de apresentar uma alternativa. É o que temos feito, mas não é o que faz o governo”.
Defendendo também “a transparência e a despartidarização” como imperativos e necessidades “muito claras para o PSD/Açores”, Duarte Freitas garantiu que pretende colocar a administração pública “ao serviço dos cidadãos”. E, enquanto futuro responsável pelo governo açoriano, assegurou “que a coesão social e territorial serão um objetivo permanente da nossa ação governativa”.
O Presidente do PSD/Açores lamentou que, “depois de três anos a queixar-se da austeridade que o engordou, o governo regional apresente o discurso da opulência enganadora e dos milhões que gastou sem resultados”.
” Afinal, hoje temos uma Região com um governo rico. O que seria ótimo, não fosse o caso de termos uma Região com açorianos pobres”, avançou.
” O governo é dos Açores, mas os Açores não são do governo”, afirmou Duarte Freitas
E recordou que foi o PSD “a lutar para que os açorianos pagassem menos impostos. E já todos deviam estar a beneficiar plenamente dessa vitória. Que levou as famílias e as empresas a pagarem menos IRS, menos IVA e menos IRC, tal como acontecia antes da vinda da Troika para Portugal”.
“É, por isso, urgente mudar de vida nos Açores e mudar de governo. Mudar para um governo que coloque os graves problemas sociais no topo das suas prioridades.
Que crie uma verdadeira coligação com a sociedade civil, de modo a combater a pobreza”.
“Temos de mobilizar empresas e empresários para que sejam o motor de uma economia vigorosa, verdadeiramente criadora de emprego e de riqueza para os Açores”, defendeu.
Duarte Freitas prometeu “um trabalho árduo, por todas as ilhas, nos Açores, junto do Governo da República e das instâncias internacionais, para que as injustiças sejam combatidas, que os atrasos sejam vencidos, para que os açorianos beneficiem daquilo a que têm direito”.
O Presidente do PSD/Açores frisou que “não se conforma” com a atual realidade, e que confia nos açorianos: “Eu confio na nossa genética. Na capacidade que sempre demonstramos para combater a adversidade”.
E lembrou que, “nas nossas ilhas, ao longo de cinco séculos, soubemos enfrentar as dificuldades, as calamidades e a distância. E construímos, e reconstruímos, e lutámos e não desistimos. Eu não desisto. Eu não me conformo. Eu sou açoriano”, declarou.
“Não espero que outros resolvam por mim. Sou eu, somos nós açorianos que fazemos o nosso destino”.
Para o líder social democrata, votar “contra este Plano e Orçamento” é “votarmos contra o Passado”, porque “é preciso construir o futuro. Já. É tempo de vida nova”, concluiu.
GI PSD Açores/RL Açores