
No domingo à noite (18 de novembro) foi feita uma evacuação por via marítima de São Jorge para o Pico e depois por via aérea do Pico para a Terceira.
O doente em causa foi transportado num semirrígido, embarcação pertencente aos Bombeiros Voluntários da Calheta e depois transportado do Pico para a Terceira no avião militar C295.
Em São Jorge a contestação tem sido grande, mas a Proteção Civil, em declarações estação pública regional, diz que perante a inoperacionalidade dos helicópteros e a ausência da cerificação da Pista do Aeródromo de São Jorge para receber voos noturnos, sendo que o avião militar C295 não pode aterra na ilha no período noturno, esta foi a alternativa mais rápida para fazer face à urgência.
A RDP Açores avança que em causa estava a intoxicação na garganta do doente evacuado, um caso urgente, que obrigou, assim, à evacuação médica.
Já em declarações à RTP, Carlos Neves, o presidente da Proteção Civil dos Açores, explicou a situação.
Não sendo possível avançar com a primeira opção, surgiram outras duas opções, segundo Carlos Neves.
Sendo um caso muito urgente e exigindo, por isso, medidas rápidas, o Presidente da Proteção Civil tomou a decisão.
O doente em causa acabou por chegar à Terceira depois de ter atravessado o canal São Jorge Pico por via marítima, na embarcação semirrígida dos Bombeiros da Calheta, e outra viagem via aérea.
Uma situação que poderia ter sido evitada com a certificação da pista do Aeroporto de São Jorge para receber voos noturnos.
Uma certificação para voos noturnos que ainda não aconteceu e que traz à memória de alguns jorgenses uma outra história recente quando em 2014 um homem colhido por um touro acabou por falecer antes de embarcar com destino ao Pico, também porque nessa noite, o helicóptero não pôde vir, o avião militar não aterrava em São Jorge à noite, como ainda acontece, e o homem não resistiu à espera.
A RL Açores sabe ainda que em São Jorge, a população questiona ainda o porquê da decisão de evacuar o doente para o Pico na embarcação semirrígida dos Bombeiros Voluntários da Calheta, quando a lancha dos Pilotos do Porto das Velas tem a bordo uma enfermaria, alegadamente com todas as condições para evacuações médicas por via marítima.
RTP A/RDP A/LA/RL Açores
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