Fixação de médicos de família e deslocações de médicos especialistas preocupa ilhas sem hospital como S.Jorge (c/áudio)

No âmbito do debate sobre o Serviço Regional de Saúde, a deputada do CDS-PP eleita por São Jorge, Ana Espínola, manifestou a sua preocupação sobre a fixação de médicos na Unidade de Saúde de ilha de São Jorge, bem como com a deslocação de médicos especialistas à ilha.

Há, de acordo com a democrata-cristã, “a necessidade de fixar médicos de medicina geral e familiar nas ilhas sem hospital, que é o caso de São Jorge, onde tivemos há pouco tempo a reforma de uma médica e está previsto que outra entre para a reforma em pouco tempo”, sendo que “o que nos preocupa é a ausência de dois médicos e a não vinda de outros que possam substituí-los”.

A preocupação acresce, uma vez que, como referiu a parlamentar, tem-se “vindo a assistir a um vai e vem de médicos que o Governo Regional, infelizmente, não os tem conseguido manter na Região”, sendo que “era essa a necessidade, manter os médicos de família por tempos mais longos nos centros de saúde, nas unidades de saúde de ilha”.

Quanto à deslocação de médicos especialistas às ilhas sem hospital, Ana Espínola referiu que tem-se vindo a registar “uma drástica diminuição destas deslocações”.

“O que pretendemos é que se retomem essas vindas desses especialistas ou então que os doentes sejam, efetivamente, encaminhados a tempo e horas para os hospitais de referência”, frisou a deputada do CDS-PP Açores.

De acordo com Ana Espínola “o que não pode acontecer é o Secretário Regional da Saúde anunciar medidas como um médico de família ser especialista quando, efetivamente, existem especialidades médicas” para as quais os utentes devem ser encaminhados.

A parlamentar considerou ainda que tem de haver uma alteração no Serviço Regional de Saúde, de maneira a que se deixe de prejudicar os utentes desta forma.

Liliana Andrade/RL Açores