Frequência diária de sismos volta a diminuir no Sistema Fissural Vulcânico de Manadas, mas registaram-se mais dez eventos na Ponta dos Rosais desde ontem (c/áudio)

A tendência de decrescimento da energia libertada pelo Sistema Fissural Vulcânico de Manadas mantém-se, segundo Rui Marques. O presidente do CIVISA avançou que também a frequência diária da sismicidade tem vindo a diminuir, com registo desde a meia noite e até esta manhã de 95 sismos, três deles sentidos pela população.

De acordo com Rui Marques, que falava após o briefing desta quinta-feira, as profundidades hipocentrais também se mantêm entre os 7,5km e os 12 km de profundidade, algo que não se tem alterado desde o início da crise sismovulcânica a 19 de março.

No entanto, há a registar novamente alguma sismicidade na Ponta dos Rosais, com o registo de oito sismos durante esta quarta-feira e mais dois durante o dia de hoje já, segundo avançou o presidente do CIVISA.

Para já ainda não há explicação para estes sismos nos Rosais, uma vez que, segundo Rui Marques, há apenas 17 sismos registados naquela zona, explicando, contudo, que as profundidades hipocentrais dos eventos são diferentes, sendo mais “superficiais”, com profundidades inferiores a 5km.

O Presidente do CIVISA referiu ainda que não foram registados mais sismos híbridos na ilha, fazendo ainda saber que estes são “sismos mais complexos e cuja análise não é tão simples fazer como os sismos puramente tectónicos”, uma vez que “existe um erro muito grande em relação àquilo que é o cálculo hipocentral e à localização destes sismos”.

Rui Marques referiu também que, neste momento e devido a esta crise, “a ilha de São Jorge é das ilhas mais bem monitorizadas do Arquipélago dos Açores”.

 

 

 

RL Açores

Imagem: ©SIARAM