O Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas marcou presença na 28.ª Conferência das Partes (COP28) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), no Dubai, onde apresentou o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores.
Alonso Miguel apresentou o Roteiro para a Neutralidade Carbónica dos Açores e todo o trabalho desenvolvido na Região, em matéria de mitigação e adaptação das nossas ilhas aos efeitos das alterações climáticas.
Segundo o governante, este é um trabalho que coloca a Região numa posição de referência nesta matéria, e pioneira no que se refere a realidades insulares e arquipelágicas, assim como dá também uma oportunidade única para a partilha de conhecimentos e para estabelecer contacto com especialistas e líderes mundiais, no que se refere à mitigação e adaptação às alterações climáticas, bem como para conhecer as soluções inovadoras que estão a ser desenvolvidas por todo o mundo, para que, com as necessárias adaptações, as possamos implementar na Região.
O Secretário Regional esclareceu que “apesar de o contributo dos Açores para o fenómeno do aquecimento global ser residual”, isso não retira a responsabilidade da Região em contribuir para a sua mitigação.
Alonso Miguel enfatizou ainda outras iniciativas, como a “implementação do Programa Regional para as Alterações Climáticas, o desenvolvimento de cartografia de risco de mitigação e adaptação às alterações climáticas, o projeto para melhoria do conhecimento e restauro de turfeiras, que são excelentes sumidouros de carbono, ou ainda a criação do Regime Jurídico-financeiro de Apoio à Emergência Climática, para apoiar as populações afetadas por danos e perdas patrimoniais provocados por eventos climáticos extemos”.
Segundo o governante, para atingir a meta da neutralidade carbónica em 2050, os Açores terão de promover o aumento substancial da produção e da utilização de energias renováveis, o aumento da eficiência energética, a eletrificação de transportes e utilização de biocombustíveis e hidrogénio, bem como alterações ao nível da pecuária, sobretudo com a suplementação de alimentos aos animais, de forma a reduzir as emissões de metano, e promover uma redução exequível do efetivo de vacas leiteiras, a partir de 2040, e ainda um aumento dos sumidouros de carbono, através da florestação de cerca de 10% da área dos Açores.
RL/GRA