O Diretor Regional da Agricultura afirmou que a auditoria das autoridades brasileiras ao setor dos lacticínios em Portugal, que prosseguiu esta segunda-feira na ilha de São Jorge, resulta de várias diligências das autoridades regionais e nacionais para que possa ser desbloqueado o embargo aos produtos lácteos açorianos, que vigora desde 2015.

“Esta auditoria decorre de várias e insistentes diligências do Governo dos Açores, do Ministério da Agricultura, da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, dos Deputados da Assembleia da República e do eurodeputado socialista Ricardo Serrão Santos”, afirmou José Élio Ventura, que acompanhou a auditoria realizada por dois médicos veterinários brasileiros na fábrica da Uniqueijo, no concelho das Velas.

José Élio Ventura adiantou que a missão brasileira vai auditar durante esta semana outras unidades fabris nos Açores, nomeadamente na ilha de São Miguel, tais como a Unileite, Insulac e a Bell.

“Esta missão brasileira tem por objetivo avaliar os mecanismos de controlo das autoridades portuguesas em relação às unidades de processamento e fabrico de produtos lácteos, os seus mecanismos de rastreabilidade, no sentido de assegurar que os produtos ali produzidos cumprem as exigências higio-sanitárias, de saúde pública e de segurança alimentar das autoridades brasileiras”, frisou.

O Diretor Regional reconheceu que, num passado recente, os volumes de exportação de produtos lácteos dos Açores para o Brasil não foram muito significativos, mas salientou que todas as oportunidades de negócio devem ser aproveitadas, pois contribuem para valorizar os produtos lácteos açorianos, deixando mais receita e mais rendimento a quem exerce a sua atividade, quer na transformação, quer na produção de leite.

José Élio Ventura salientou que, no caso concreto do Queijo de São Jorge, classificado como Denominação de Origem Produzida (DOP), já existem vários contactos estabelecidos com operadores brasileiros interessados em vender este produto.

GaCS/RL Açores

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