Governo dos Açores quer implementar projeto de Suporte Básico de Vida nas escolas

A Secretária Regional da Saúde e Desporto anunciou que está a ser preparado um projeto para implementar ações de formação em suporte básico de vida para alunos do 9.º ano das escolas dos Açores.

A nossa intenção é, até ao final deste ano letivo, arrancar com um projeto para os alunos do 9.º ano das nossas escolas, para que tenham formação em suporte básico vida e que consigam, efetivamente, fazer a diferença, salvando vidas”, avançou.

Segundo Mónica Seidi, a implementação do projeto será realizada “em articulação com o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) e com a Direção Regional da Educação”.

As paragens cardiorrespiratórias “ocorrem de forma inesperada”, pelo que é através da antecipação, dando formação às populações, que se pode “ter um nível de intervenção satisfatório, com pessoas treinadas e preparadas para estas situações”, salientou Mónica Seidi.

A Secretária Regional da Saúde e Desporto, que tutela a pasta Proteção Civil, falava na abertura de um ’mass training’ em suporte básico de vida que decorreu este sábado, na Praia da Vitória, e que teve como público-alvo a população.

O Presidente do SRPCBA, que também esteve no evento, destacou o investimento que a Proteção Civil tem realizado na sensibilização e na formação nesta área “de vital importância para a sociedade”, defendendo que “cada cidadão deverá estar capacitado para socorrer uma pessoa em paragem cardiorrespiratória”, considerando que o projeto que chegará às escolas “será uma mais-valia”.

É caso das 70 pessoas que estão hoje a participar neste ‘mass training’. Ficarão aptas a identificar uma paragem cardiorrespiratória, a avaliar a consciência da vítima, a saber a informação a transmitir ao 112 e a executar manobras de suporte básico de vida”, detalhou Rui Andrade.

A paragem cardiorrespiratória é um acontecimento súbito, constituindo-se como uma das principais causas de morte em todo o mundo.

O suporte básico de vida aumenta substancialmente a probabilidade de sobrevivência da vítima quando iniciado nos primeiros minutos após a paragem cardíaca, podendo, ainda, prevenir lesões de órgãos vitais, e aumentar a probabilidade de sobrevivência com qualidade de vida. Em 2022, foram registadas 236 paragens cardiorrespiratórias nos Açores.

GRA/RL