Governo Regional dos Açores vai centralizar pedidos de consulta de especialidade hospitalar

O Governo Regional dos Açores vai centralizar os pedidos de consulta e de exames complementares de diagnóstico criando uma ferramenta de gestão das listas de espera, à semelhança do que já acontece no âmbito do programa Cirurge, programa de recuperação da lista de espera cirúrgica da região.

Este é um projeto também enquadrado no âmbito do Hospital Digital e, segundo a Secretária Regional da Saúde e Desporto, denominado Sistema Integrado de Referenciação e de Gestão do Acesso à Primeira Consulta de Especialidade Hospitalar nas Instituições do Serviço Regional de Saúde (SIGA-CH).

A governante falava no plenário parlamentar deste mês, no debate em torno da iniciativa “Cheque Saúde”, apresentada pelo Chega.

Mónica Seidi referiu que “a parte teórica está feita, algo que se realizou com a colaboração das instituições do Serviço Regional de Saúde, faltando apenas, neste momento, a ferramenta informática que permitirá operacionalizar este projeto, o que está a ser coordenado pela Direção Regional de Saúde, com a colaboração do Hospital de Santo Espírito da ilha Terceira, sem envolver custos”.

Ainda no decorrer do debate, a Secretária Regional da Saúde e Desporto revelou o investimento do Governo Regional no âmbito das convenções entre o Serviço Regional de Saúde e as clínicas privadas da Região. A governante revelou que “só ano de 2022 foram pagos às entidades convencionadas mais de 16,5 milhões de euros, nas 14 convenções existentes no Serviço Regional de Saúde, correspondendo a cerca de 140 mil atos”.

Os números têm vindo a subir consideravelmente, a par com o valor investido, sendo este, porém, “um dos constrangimentos a ultrapassar, uma vez que os valores das convenções em causa não são atualizados desde 2014, o que contribui para que seja ultrapassado o tempo máximo de resposta garantido”.

Mónica Seidi acrescentou ainda que “esta é mais uma ferramenta criada por e para um Sistema Regional de Saúde que consegue encontrar respostas novas e eficazes, sem custos elevados a suportar, recorrendo às novas tecnologias e aos seus próprios profissionais para servir melhor os utentes”.

GRA/RL