O PSD/Açores considerou hoje que o Governo Regional e o PS continuam a revelar “incoerência e irresponsabilidade em torno do fatídico acidente, ocorrido em novembro de 2014, com o navio Gilberto Mariano, do qual resultou uma vítima mortal”, disse o deputado Cláudio Lopes.
“Foi preciso acontecer a morte de um cidadão, para que acordassem para as condições de segurança em que se leva a cabo o serviço de transportes marítimos de passageiros, que nas ilhas do Triângulo serve cerca de meio milhão de passageiros por ano”, referiu o social democrata.
“A inspeção feita, à vista e sem registos, ao Porto de São Roque, faz lembrar uma governação feita à vista. Que é o que tem acontecido com as pastas do Turismo e dos Transportes deste governo regional que temos”, criticou Cláudio Lopes.
O deputado do PSD/Açores alertou para o facto de não se poder dispensar “a avaliação política do caso, para lá das questões técnicas que o mesmo encerra. A leitura do relatório em causa é clara, e revela que o acidente se deveu à falta de manutenção dos cabeços de amarração do cais de São Roque do Pico, por parte da empresa Portos dos Açores”.
“Só espero que não se queira aqui concluir que o passageiro que faleceu, vítima do acidente ocorrido, estava no local errado à hora errada”, disse o deputado.
“Há uma incoerência tremenda do governo e da empresa em causa que, não estando de acordo com o relatório produzido, afirmam agora que vão adotar medidas avançadas nesse mesmo relatório”, lembrou.
Para Cláudio Lopes, o exercício dos cargos políticos “tem as suas contingências, pelo que só teria restado ao senhor secretário regional pedir, em consciência, a demissão do cargo, assumindo a responsabilidade política no processo. O que já deveria ter acontecido quando, antes do sucedido, rebentaram cabeços de amarração na Horta e na Madalena”.
E questionou se Vítor Fraga “se está a defender a si próprio, ou se está a defender o presidente do governo regional em todo este processo”.
“Atendendo ao debate que aqui hoje ocorreu, o secretário regional do turismo e dos transportes só se mantém no cargo porque não tem vergonha nem consciência da gravidade do que aconteceu. Se tivesse, já tinha arrumado as suas coisas e ido para casa, seguindo o conselho sábio do deputado Lizuarte Machado”, concluiu Cláudio Lopes.
GI PSD Açores/RL Açores