Governo Regional prepara-se para fechar análises clínicas na Calheta (c/video)

A Deputada do CDS-PP Açores Ana Espínola manifestou a suspeição de que o plano de reestruturação do Serviço Regional de Saúde esteja a ser implementado “em surdina” promovendo o encerramento de serviços de proximidade às populações, manifestando particular preocupação com o eventual fecho do laboratório de análises clínicas do Centro de Saúde da Calheta, em São Jorge.

No Parlamento dos Açores, no âmbito da análise a um conjunto de Petições subscritas por milhares de Açorianos manifestando-se contra a reestruturação do Serviço Regional de Saúde (SRS), Ana Espínola frisou que o CDS-PP “sempre defendeu uma proximidade dos serviços de saúde às populações”, pelo que é solidário “para com os peticionários, pela oposição ao encerramento do SAP (Serviço de Atendimento Permanente), para lá do horário do normal funcionamento do Centro de Saúde da Praia da Vitória e do Nordeste, e, tal como eles, também o CDS-PP considera que fica prejudicado o acesso aos cuidados de saúde sem ganhos de eficiência. O SAP permite salvar muitas vidas e nem que fosse apenas uma já justificaria a sua manutenção. Quanto vale uma vida?”.

Em causa, segundo a Deputada do CDS-PP, não está “a exigência de abertura de um serviço, mas apenas a sua manutenção”. Nesse sentido, Ana Espínola levantou dúvidas sobre “os rumores do possível fecho do laboratório de análises do Centro de Saúde da Calheta”, anunciando que irá apresentar um requerimento “para que o Sr. Secretario da Saúde faça o esclarecimento concreto de quais são as suas verdadeiras intenções relativamente a este Centro de Saúde que, segundo o plano de reestruturação do SRS, foi classificado como Centro de Saúde Avançado”.

A Deputada do CDS-PP terminou salientando que continua a subsistir “uma preocupação, porquanto o documento inicial de reestruturação do Sistema Regional de Saúde foi, supostamente, alvo de uma alteração operada por uma recalendarização, mas suspeitamos que talvez apenas tenha servido para desviar as atenções e o Governo Regional esteja implementando à surdina as alterações que pretende desde o início”.