O Governo dos Açores vai iniciar o processo de candidatura do queijo de São Jorge DOP a Património Imaterial Mundial da UNESCO, para valorizar o produto, disse esta quarta-feira o secretário Regional da Agricultura.
Segundo António Ventura, a intenção justifica-se porque o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) considera que o queijo São Jorge DOP “é um queijo que tem que ganhar uma nova qualificação mundial”.
O secretário Regional da Agricultura, que falava aos jornalistas, à margem da visita estatutária do executivo regional a São Jorge, referiu que, pelas razões referidas, o executivo açoriano irá “avançar com uma candidatura do queijo São Jorge DOP para Património Imaterial Mundial da UNESCO”.
O titular da pasta da agricultura açoriana explicou que a candidatura a submeter à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) abrange “o saber fazer” relacionado com todo o processo de fabrico do queijo de São Jorge, “em que não há alteração desde a sua origem, desde os povoadores, até agora”.
O Governo dos Açores vai criar uma comissão técnica que irá preparar a candidatura, um processo que “poderá demorar de um ano a dois anos”.
António Ventura explicou que será aproveitado o historial do queijo, que já foi construído no âmbito da candidatura DOP.
A candidatura envolverá o Governo Regional, as autarquias, os produtores e a Federação Agrícola dos Açores.
Se a iniciativa for bem-sucedida, o governante vaticina que trará “uma nova afirmação” do queijo São Jorge no mercado.
Existem atualmente 210 produtores de leite em São Jorge.
A produção de leite tem diminuído nos últimos anos, por isso, António Ventura admite que a eventual classificação mundial do queijo DOP poderá “trazer um novo impulso para a produção de leite” na ilha.
RL