O Governo dos Açores congratulou-se com a aprovação do prolongamento do regime de exceção da pesca do bonito no Atlântico, numa votação que decorreu segunda-feira na reunião anual da Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (ICCAT).
Este regime de exceção permite aos armadores açorianos efetuar capturas desta espécie de atum, utilizada pela indústria conserveira sedeada na Região, sem limite de quota estabelecido.
“Com esta votação, a Região pode continuar a manter os níveis de captura existentes até à data, com benefícios para o rendimento dos pescadores e para as conserveiras açorianas”, afirmou o Diretor Regional das Pescas, Luis Costa, adiantando que a média de captura dos últimos cinco anos é de cerca de sete mil toneladas.
A manutenção do regime de exceção de estabelecimento de quota para a espécie bonito decorre da avaliação feita pelo Comité Científico da ICCAT, que considera que este ‘stock’ se encontra a níveis de exploração sustentáveis do ponto de vista ambiental.
Durante a reunião da ICCAT, que decorreu em Génova, Itália, foi ainda aprovada a proposta de aumento da quota para o rabilho no Atlântico, o que, segundo Luís Costa, “poderá significar que fique disponível para os pescadores açorianos poderem capturar algumas quantidades desta espécie de atum, que pode atingir elevado valor comercial”.
A Região Autónoma dos Açores também defendeu, neste encontro anual da ICCAT, a posição conjunta da União Europeia, Guatemala, Honduras e Panamá que prevê a criação de um grupo de trabalho que vai estudar o impacto do uso de dispositivos artificiais que permitem a agregação de peixe (FADs) nas rotas migratórias dos atuns.
A próxima reunião anual da ICCAT, comissão responsável pela gestão e conservação de tunídeos e afins, realiza-se em novembro de 2015, em Malta.
GaCS/RL Açores