Igualdade para todos os açorianos nos voos das companhias Low cost

Com a confirmação dos voos low cost das companhias aéreas Easy Jet e Ryanair para os Açores aumentou a especulação no que diz respeito aos encaminhamentos das ilhas mais pequenas, como é o caso de São Jorge, para São Miguel, ilha onde aterrarão estas companhias. De acordo com António Pedroso, operador turístico jorgense, os encaminhamentos serão gratuitos, sendo da responsabilidade da República, ou seja todos os açorianos terão um tratamento igual.

António Pedroso espera, acima de tudo, que não se complique algo que pode ser “tão simples”.

“Nós sabemos que os encaminhamentos vão ser feitos de forma gratuita, não se sabe é ainda em que moldes vão ser feitos”, afirmou o empresário, revelando que isso o preocupa, uma vez que “esta é uma região de burocracias, uma região que em vez de simplificar muitas vezes complica o que é tão simples”.

António Pedroso espera, por isso, que “a solução encontrada pelo Governo regional para regularizar os encaminhamentos seja simples e prática”.

No que diz respeito ao turismo proveniente dos voos low cost, o operador turístico considera que é “um turismo mais massificado”, em que o turista compra tudo diretamente, não sabendo, portanto, “se os Açores estarão preparados para um impacto de grande volume de turistas que está previsto com esta operação low cost”.

Este tipo de turismo “vai trazer turistas que nos interessam mas também vai trazer turistas que poderão não nos interessar tanto”, revelou António Pedroso.

O operador turístico jorgense destacou, assim, a importância dos empresários turísticos da região estarem preparados para a diferente forma de fazer turismo que se vai instalar nos Açores.

“Vai haver um negócio muito mais direto, não vai haver intermediários, o turista vai contactar diretamente com o hotel, não vai vir através de uma agência de viagens de um operador, porque as low cost não trabalham com operadores”, explicou.

Na opinião de António Pedroso, terão de ser os operadores açorianos a adaptar-se às companhias low cost e não o contrário, mostrando-se preocupado com a capacidade de resposta, não de São Jorge em particular, mas sim da região no seu todo e com a imagem que poderá passar para fora.

Liliana Andrade/RL Açores