Inversão do decréscimo demográfico exige medidas abrangentes e com estabilidade temporal

A inversão do cenário de perda de população que se verificou no Faial e nos Açores ao longo das últimas décadas, exige medidas corajosas, abrangentes e com estabilidade no tempo”, defendeu o Presidente da Câmara Municipal da Horta na reunião extraordinária do Conselho de Ilha do Faial.

Para Carlos Ferreira, “o decréscimo demográfico é um dos problemas estruturais que mais afeta todas as ilhas da região, tendo de merecer dos poderes públicos uma análise rigorosa e aprofundada, no sentido de permitir a identificação de medidas que proporcionem, com eficácia, condições para o aumento da população no arquipélago”.

O autarca elencou algumas das medidas no Município que, direta ou indiretamente, pretendem contribuir para apoiar as famílias e o tecido empresarial e incrementar a atratividade, designadamente, o programa de apoio à natalidade “Nascer no Faial”, o programa de apoio à valência de ATL, o renovado programa de bolsas de estudo “Bolsa 12”, mas considerou que a recuperação populacional requer muito mais.

Para o Presidente da Câmara, há áreas essenciais para atrair e fixar população, como a saúde, segurança, habitação e emprego. Neste contexto, destacou as medidas que estão a ser desenvolvidas pela Câmara Municipal na área da habitação, como o reforço de 10% dos valores dos apoios às pequenas reparações de habitações dos munícipes carenciados, o programa de apoio ao arrendamento “Faial Habita”, que será levado à Assembleia Municipal da Horta de hoje, dia 28 de fevereiro, ou a Estratégia Local de Habitação, que também será levada à AMH, e que pretende ser o maior instrumento de intervenção habitacional desde o início do século.

O edil defendeu ainda que “as medidas de dinamização da atividade empresarial e de projeção da ilha no exterior são fundamentais para a economia da ilha e para criar riqueza e emprego, sendo por essa via um contributo para atrair e fixar população”.