No âmbito do Festival de Julho realizado na vila da Calheta, Joel Neto, jornalista, escritor e cronista terceirense, expôs ao público jorgense o seu mais recente romance intitulado “Arquipélago”.
Durante a apresentação da sua obra, Joel Neto explica aos presentes o momento em que decidiu sobre aquilo que queria escrever: “Houve momentos em que nos apeteceu fazer uma pausa da vida em sociedade e andar simplesmente pelos montes; nós e o nosso Melvin, o cão. Passeando por entre as criptomérias, detemo-nos para um picnic sobre o mar, aspirando o cheiro maravilhoso das ilhas. (…) E de repente, estava ali a minha história, estava ali o meu livro”.
Foi “aquela paisagem, na sua beleza relutante, no modo como continuava a renovar-se de estação para estação, de semana para semana, de dia para dia”, principal fonte de inspiração para dar início e fim à sua mais recente obra.
O escritor fez ainda um apanhado daquilo que os leitores podem percecionar na leitura do seu romance: o ancestral, os sotaques, a geografia, a gastronomia; tudo isso está patente no livro “Arquipélago”.
Para além de toda a obra estar envolta na história dos Açores mas, sobretudo, da ilha Terceira, Joel Neto crê que este livro é também uma homenagem às três “mulheres” da sua vida: “a minha ilha, que afinal nunca me abandonou; a minha mãe, que me ensinou a amá-la; e a Catarina, que voltou comigo”.
Linda Luz/RL Açores