
O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, reiterou esta segunda-feira a visão do XIII Executivo Regional de “compatibilizar uma visão estratégica para as pescas com a sustentabilidade dos ecossistemas e valorização do mar”.
Falando no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, no início de uma reunião com diferentes entidades sobre a definição de novas Áreas Marinhas Protegidas, o Presidente do Governo lembrou o “prestigio nacional, europeu e mundial” dos Açores no que refere ao mar, sinalizando que o arquipélago “muito acrescenta ao país e à União Europeia”.
Durante a reunião foi definida abertura para encontros mais restritos e bilaterais, de modo a que avance o processo ‘offshore’, tendo ficado a próxima reunião global do projeto Blue Azores agendada para 8 de fevereiro.
O calendário prevê que até maio esta parte dos trabalhos fique concretizada.
Tudo será feito, garantiu o governante, num “envolvimento participativo” entre todos os intervenientes, sendo que “o conhecimento científico será sempre a base” de trabalho.
O Governo Regional dos Açores iniciou em dezembro do ano passado o processo de envolvimento e diálogo com diferentes entidades para a definição de novas áreas marinhas protegidas, com vista a atingir a meta dos 30% das Áreas Marinhas Protegidas no Mar dos Açores, com 15% de área totalmente protegida.
O Conselho do Governo havia deliberado em setembro que a Região atinja a meta dos 30% das Áreas Marinhas Protegidas no seu mar, com 15% de área totalmente protegida.
Tal objetivo sucede à receção de documento do Comité Técnico e Científico do projeto Blue Azores sobre a estratégia relativa ao Mar profundo ao nível da criação das Áreas Marinhas Protegidas.
Continuar-se-á agora o trabalho de envolvimento e diálogo com os ‘stakeholders’ para se alcançar este desiderato, respeitando o rendimento dos pescadores e a utilização sustentável do mar e recursos dos Açores.
O processo envolve as comunidades locais, como associações representativas da atividade piscatória, lúdica e profissional, e as atividades marítimas turísticas, representantes da administração regional, organizações não-governamentais ligadas ao ambiente, e individualidades com interesses ligados ao mar dos Açores.
Para a primeira fase, estão envolvidas no processo as entidades com interesse na área ‘offshore’. Seguir-se-ão as entidades e utilizadores da área costeira, num processo que será desenvolvido ilha a ilha.
As áreas marinhas protegidas são essenciais para salvaguardar a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas marinhos, funcionando como santuários que garantem sistemas marinhos intactos onde as espécies aumentam em número e tamanho, ajudando a restaurar populações saudáveis dentro e fora dos seus limites. Quando totalmente protegidas, permitem proteger e recuperar a natureza, contribuindo para a construção de uma economia azul sustentável próspera e para a criação de mais oportunidades de emprego para as comunidades que dependem de um oceano saudável.
GRA/RL Açores