JSD/Açores quer programas Estagiar com pagamentos em 5 dias úteis

O Presidente da JSD/Açores defendeu ontem que o Governo Regional pague aos jovens integrados nos programas Estagiar “em 5 dias úteis”, uma vez que, com os atuais prazos, os salários dos programas Estagiar “chegam a ser pagos, já depois do dia 20 do mês seguinte, numa clara falta de respeito pelos jovens açorianos”, frisou.

Flávio Soares falava após reunião da Comissão Política Regional, que se realizou na Vila do Nordeste, onde referiu não acreditar que os programas Estagiar “sejam a solução para o desemprego jovem nos Açores. No entanto, é esta a realidade criada por 20 anos de governo socialista, situação que tentaremos melhorar com propostas concretas”, afirmou.

“A situação deve-se ao facto de serem muito extensos os prazos para as empresas submeterem os mapas de assiduidade, que são condição fundamental para o pagamento da compensação pecuniária”, explicou.

“O mesmo acontece com o prazo para o Fundo Regional de Emprego processar a informação e emitir as ordens de pagamento”, disse Flávio Soares, “daí que estejamos a apresentar esta proposta, que visa a redução substancial desses mesmos prazos”.

“A tudo isso, juntam-se vulgares “esquecimentos”, por parte dos responsáveis das empresas no envio dos mapas de assiduidade. Que passam muitas vezes dos 8 dias úteis”, alertou Flávio Soares na sua intervenção no Conselho Regional da JSD/Açores, também realizado no sábado, no Nordeste.

“É imperioso respeitar a dignidade do trabalho realizado pelos jovens integrados nos programas Estagiar L, T e U. Daí a necessidade das empresas submeterem o mapa de assiduidade do jovem no primeiro dia útil de cada mês, e do Governo Regional, com uma gestão eficaz de recursos humanos e materiais, realizar o processamento desses dados em cinco dias úteis”, avançou o jovem social democrata.

Para Flávio Soares, “o pagamento daquela compensação pecuniária tem de ser feito sem demoras e sem atrasos provocados por prazos que, mesmo sendo cumpridos – o que nem sempre acontece -, provocam um intervalo moralmente inaceitável entre o final de um mês de trabalho e esse efetivo pagamento”, sublinha.

“Esta nossa proposta tem um impacto orçamental nulo, pois apenas se trabalhará mais depressa, não acarretando qualquer despesa extra”, garante o líder da JSD/Açores, que vai bater-se pela apresentação da mesma “na Assembleia Legislativa Regional, acreditando que todos aqueles que pretendem a melhoria de uma realidade imperfeita a possam aprovar”, concluiu.

GI PSD Açores/RL Açores