Legislativas 2015: Félix Rodrigues quer explicar em Lisboa importância dos Açores para que os Açores deixem de pedir a Lisboa “o rendimento mínimo”

O cabeça de lista da coligação CDS-PP/PPM “Aliança Açores, Félix Rodrigues, afirmou, esta segunda-feira, que “está a fazer uma campanha pedagógica”, para valorizar a Democracia, mas, essencialmente para “poder exercer um mandato político na Assembleia da República que seja pedagógico”, ou seja, para fazer ver a Lisboa a importância dos Açores para a riqueza do País.

Em contatos de rua com a população de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, Félix Rodrigues foi esclarecendo os eleitores que, na Região, “ninguém vai votar em Passos Coelho, Paulo Portas ou António Costa, porque esta gente concorre pelo círculo eleitoral de Lisboa e porque, nos Açores, ninguém vota para eleger o Primeiro-ministro”, salientando que as opções de escolha dos Açorianos, no próximo Domingo, dia 4 de Outubro, “só podem ser entre Carlos César (PS), Berta Cabral (PSD) ou Félix Rodrigues (CDS-PP/PPM)”.

Mas o cabeça de lista da coligação “Aliança Açores” foi também assumindo um compromisso com os eleitores: “Para elegermos pessoas que conhecemos temos que conhecer também as propostas e as nossas são muito claras. Para defender os Açores e os Açorianos temos que estar centrados na nossa realidade. Nós somos uma região extremamente rica, não precisamos estar constantemente a pedir o rendimento mínimo a Lisboa”.

Ora, explicou Félix Rodrigues, o que é preciso fazer em Lisboa, para dar a conhecer a real importância dos Açores para a riqueza de Portugal, “é explicar pedagogicamente os Açores”, isto é, “é explicar constantemente que nós temos um mar imenso, que tem riquezas imensas; nós temos um geopotencial fantástico devido à nossa geoposição enorme, que contribuiu para o enriquecimento do nosso País todos os dias; nós temos uma lavoura que representa cerca de 30% da produção total de leite e cerca de 50% da produção total de queijo do País; nós temos gente com um coração imenso”.

Assim, acrescentou, “os Açorianos precisam ser representados com coerência e com projetos, atendendo à nossa realidade específica. Se, em democracia, não explicarmos quais são os papéis de cada um, nunca nos vamos entender democraticamente e o diálogo institucional entre a República e a Região é fundamental para o desenvolvimento dos Açores”.

Secretário da Saúde não recebe Félix Rodrigues

Neste sentido, Félix Rodrigues, para além de assumir o papel de pedagogo dos Açores junto dos Órgãos de Soberania, “para acabar de vez com as desconfianças próprias do centralismo”, quer também ser “um interlocutor e um intermediário entre a Região e a República, no sentido de resolver, a bem dos Açores e dos Açorianos, dossiers como o dos transportes aéreos ou os problemas de articulação entre os serviços regional e nacional de saúde”.

Na saúde, lamentou, “não sei se a República quer resolver alguns dos assuntos pendentes, mas sem que os Açores não mostram grande disponibilidade em acabar com a discriminação de que os Açorianos são alvo quando deslocados ao Continente para se tratarem”, justificando que “já pedi várias audiências ao Secretário Regional da Saúde para debater e perceber quais as situações que carecem de resolução na articulação entre os serviços nacional e regional de saúde, disse-lhe que reuniria com ele sem levar a comunicação social, mas mesmo assim nunca fui recebido”.

Apesar de lamentar esta falta de disponibilidade da tutela açoriana para receber a sua candidatura, o candidato da coligação CDS/PPM garante que “vai diligenciar todos os esforços para intermediar o diálogo institucional necessário à resolução dos problemas verificados pelos Açorianos doentes no Continente”, porque, voltou a dizê-lo, “para nós um Açoriano doente no Continente é um Português doente no seu País” e “não pode ser pior tratado que um estrangeiro”, porque os Açores “têm Autonomia, mas não são independentes”.

Atual modelo de transporte não serve açorianos

Por outro lado, Félix Rodrigues reafirmou a vontade de “encontrar uma solução socialmente justa e economicamente vantajosa” para as acessibilidades de e para os Açores, isto porque “o atual modelo de transporte aéreo deve garantir a coesão social e territorial dos Açorianos”.

“Não podemos continuar a ter aviões cheios com turistas que são encaminhados inter-ilhas sem pagar um euro, enquanto os Açorianos, mesmo a pagar, não conseguem arranjar lugar nos aviões para se deslocar”, disse.

Neste sentido, a candidatura da coligação CDS-PP/PPM “Aliança Açores”, encabeçada por Félix Rodrigues e representada em Santa Maria pelo controlador de tráfego aéreo João Filipe Silva, não deixará de insistir, nestes últimos dias de campanha, “na pedagogia, fazendo ver aos Açorianos que aquilo que Berta Cabral diz é mentira: nos Açores, mesmo votando no PSD, ninguém vota em Passos Coelho, ninguém elege o Primeiro-ministro; nos Açores vamos eleger cinco Deputados que representarão a Região na Assembleia da República”.

GI “Aliança Açores”/RL Açores