O Secretário Regional do Mar e das Pescas defendeu, esta terça-feira, em São Jorge, um “compromisso social” para a apanha da amêijoa Lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo.
Falando na abertura dos trabalhos da sétima reunião da Cogestão da Amêijoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, o Secretário Regional do Mar e das Pescas desafiou os elementos do grupo de trabalho para a busca de soluções consensuais que permitam uma maior sustentabilidade da espécie.
Segundo Manuel São João, “é preciso consciencializar a população para este novo paradigma”, falando ainda concretamente sobre uma regulamentação para uma possível apanha lúdica da amêijoa, mas sem adiantar datas para a publicação dessa portaria, evidenciando a importância da fiscalização.
O grupo de trabalho inclui representantes da associação local de apanhadores de amêijoa, da Câmara Municipal da Calheta, da Direção Regional das Pescas, da Inspeção Regional das Pescas, da Inspeção Regional das Atividades Económicas, da Direção Regional do Ambiente, da Direção Regional do Turismo, da Câmara do Comércio da Ilha de São Jorge e da Lotaçor, contando ainda com assessoria científica, social e financeira.
O grupo está encarregue de propor soluções para a avaliação e monitorização do estado ambiental e conservação da Lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, da qualidade da ameijoa e da gestão responsável da sua apanha e desenvolvimento costeiro, incluindo serviços turísticos e outras atividades marinhas.
A amêijoa-boa (Ruditapes decussatus) produzida na Lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo é a única espécie de molusco bivalve atualmente explorada de forma comercial nos Açores.
A temporada de apanha de amêijoa da Caldeira da Fajã de Santo Cristo, em São Jorge, decorre entre 15 de agosto e 15 de maio.
Recorde-se que, recentemente, a Secretaria Regional do Mar e das Pescas, através da Direção Regional das Pescas, assinou um contrato com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para a aquisição de serviços para a classificação e monitorização da Lagoa como Zona de Produção de Moluscos Bivalves, tornando-se no primeiro sítio dos Açores incluído no Sistema Nacional de Monitorização de Moluscos Bivalves.
RL