A Câmara Municipal das Velas vai manter o IMI nas taxas mínimas. De acordo com Luís Silveira, apesar de o município atravessar nesta altura a sua pior situação a nível financeiro, está também “ciente das dificuldades sentidas pelas famílias velenses” e, como tal, e após aprovação em reunião de Câmara, continuará a ser praticada a taxa mínima permitida por lei de 0,3%, “excetuando apenas os prédios degradados e em ruínas que terão uma majoração”, de acordo com o que a lei prevê.
O autarca afirma que esta decisão foi tomada com base numa “auscultação aos líderes dos diversos grupos municipais e aos vereadores em reunião de câmara, nomeadamente aos vereadores da oposição”.
Recorde-se que em Agosto deste ano, o presidente do Município tinha afirmado a intenção de as taxas de IMI no concelho poderem ir a taxas intermédias, de modo a fugir ao saneamento financeiro e a aumentar um pouco a receita da autarquia.
No entanto, acabou por recuar, uma vez que se atravessa “uma altura crítica e em que a Câmara está ciente das dificuldades das famílias e que a economia está fragilizada”, não sendo, portanto, o Município “alheio a essas dificuldades”, frisou Luís Silveira.
Questionado sobre as declarações proferidas pelo líder nacional do CDS-PP, Paulo Portas, em que ficou patente a intenção de todas as câmaras chefiadas pelo partido praticarem taxas mínimas de IMI, Luís Silveira diz que não foi por isso que esta decisão foi tomada no concelho das Velas.
“Efetivamente essa foi uma recomendação do líder nacional que nós tivemos em conta, mas que já estava essa decisão tomada muito antes disso”, referiu o autarca.
Liliana Andrade/RL Açores