Pela “mudança que os Açores precisam” – Luís Silveira anuncia candidatura à Presidência do CDS-PP Açores (c/áudio)

 

Luís Silveira, atual Vice-presidente do CDS-PP Açores e único presidente de câmara municipal eleito pelo partido nas ilhas (Câmara das Velas, em São Jorge), anunciou, esta segunda-feira, que é candidato à Presidência do CDS-PP Açores, no próximo Congresso do Partido.

“Marquei esta conferência de imprensa para comunicar aquela que foi uma decisão difícil, mas ponderada, a minha candidatura à liderança do CDS-PP Açores. Já o disse ao atual Presidente do Partido, digo-o agora aos Açorianos. O caminho faz-se caminhando e sei que este será longo e difícil, mas o CDS merece esse esforço, para o qual conto com todos, para que juntos possamos ter um CDS mais forte e unido”, afirmou.

Luís Silveira, 42 anos, gestor de mercados, é militante do CDS-PP há mais de 20 anos, exerceu cargos de Presidente de Junta de Freguesia e Deputado Regional, sendo atualmente Vice-presidente do partido e Presidente da Câmara Municipal das Velas.

Com reparos ao longo ciclo de governação socialista, com constatações sobre as dificuldades das oposições em se organizarem em torno do que chamou de “essencial” – “devolver a esperança aos Açorianos” – Luís Silveira, que se apresentou acompanhado por Graça Silveira e Lourdes Ponte (ambas também dirigentes regionais do Partido), frisou que “os Açores precisam de mudar”, que “os Açorianos pedem-nos que mudemos” e afirmando que “esta é a minha missão”.

“Entendo a política na sua verdadeira essência. A Política – quando feita em prol de quem dela efetivamente tem que beneficiar – as pessoas – é a mais nobre das atividades. Este é o caminho que tenho percorrido ao longo destes últimos anos: servir. Mas, acima de tudo, dignificar a atividade política, gerindo com transparência e exigência o dinheiro dos contribuintes, ouvindo os anseios das populações e estando disponível para ajudar todos, mas sobretudo aqueles que mais precisam”, acrescentou.

Para o Dirigente Regional do CDS-PP Açores e, para já, único candidato anunciado à Presidência dos democratas-cristãos açorianos, “nos dias que correm, os Açorianos reclamam rigor, coragem e ousadia, anseiam por propostas políticas que, pelo seu potencial de mudança e de progresso, sejam agregadoras e promotoras de desenvolvimento social e crescimento económico”.

Luís Silveira sublinha que “nunca, como hoje, se sentiu um afastamento tão grande das pessoas da classe política” e que “o panorama político-partidário nos Açores não é cativante”, registando o cada vez maior número de “novos movimentos que resultam do afastamento dos Açorianos, dos chamados partidos do arco da governação”.

“Nunca, como hoje, os Açores tiveram um Governo com tantos anos de vida e de vícios, nem uma oposição com tantas dificuldades de se organizar em torno do essencial: devolver a esperança aos Açorianos”, acrescentou, assumindo a necessidade de se devolver a “esperança num futuro promissor para os nossos jovens”, a “esperança num emprego digno, que nos orgulhe de podermos sustentar a família” e a “esperança que os nossos idosos não serão deixados para trás”.

Apresentada a candidatura, Luís Silveira anunciou as linhas gerais que o movem neste novo desafio político, afirmando querer “o CDS-PP como uma peça fundamental e parte essencial de uma verdadeira política de alternativa para os Açores”, com “potencial para crescer, afirmar e consolidar-se no campo do centro-direita açoriano”.

O candidato à liderança popular, diz também que “o CDS-PP tem que se reassumir como um Partido fiel aos seus princípios e moderado nas soluções que apresenta, com capacidade para manter a atual militância, mas também recrutar novos quadros”, assim como “tem que ser a força em que as novas gerações se revejam, em que o eleitorado encontre as referências seguras de valores e de princípios, algo que falta na atual atividade política”.

No texto que leu aos jornalistas, Luís Silveira assume ainda que “o CDS-PP tem que ser a força que tem a coragem de dizer a verdade às pessoas, não escondendo as dificuldades e não fazendo promessas impossíveis de cumprir”, para além de que “tem que ser a força capaz de garantir que a contratação para a Administração pública é feia por mérito profissional e não por qualquer tipo de clientela política”.

Sem nunca se referir à atual liderança partidária, o candidato agora anunciado diz, por fim, que quer “o CDS-PP capaz de garantir a recompensa de quem trabalha e de quem se esforça, sem condescender com o estímulo à pobreza”, que o Partido “tem que ser a força da mudança na forma de governar”, ou seja, especificou, “em nome do interesse público” e concluiu afirmando que “o CDS-PP Açores tem que ser o rosto da mudança na política açoriana, agindo com credibilidade e responsabilidade”.

 

 

 

 

CDS-PP S.Jorge/RL Açores