Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs da ilha de São Jorge foi aprovado

O Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs da ilha de São Jorge, proposto pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP, foi aprovado, esta quarta-feira, por unanimidade, no Parlamento dos Açores.

A Deputada popular eleita pela ilha das Fajãs, Ana Espínola, não tem dúvidas: “Esta proposta tem duas grandes virtudes e vantagens: permite estimular forte e ativamente a economia da ilha por via da recuperação de postos de trabalho e, a prazo, fará com que um património natural, histórico, cultural e económico seja potenciado em benefício da sua preservação e em nome de um desenvolvimento económico e social que urge recuperar em São Jorge”.

A proposta democrata-cristã surgiu a meados do ano passado, na sequência de umas Jornadas Parlamentares do CDS-PP precisamente dedicadas àqueles “ex-libris” naturais de São Jorge. Desde então foi alvo de discussão pública, tendo recolhido pareceres favoráveis de todas as entidades auscultadas, desde logo as Autarquias da ilha.

Na prática, disse Ana Espínola, e porque é ao Governo que compete executar as políticas, o CDS-PP propôs ao executivo socialista que, “em estreita colaboração com os Municípios da ilha de São Jorge”, elabore um Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs, aproveitando a entrada em vigor do Quadro Estratégico Comum 2014-2020, alocando-se as verbas necessárias à concretização do Plano.

Os populares açorianos pretendem que “o Plano desenvolva, designadamente, e em estreita colaboração com os Municípios de São Jorge, a avaliação do Plano de Ordenamento da Orla Costeira de São Jorge e a sua consequente revisão, tendo especial atenção à recuperação, preservação e manutenção, de forma faseada, do valioso património natural e cultural das Fajãs, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, assegurando, ainda, a consolidação das encostas, melhorando a segurança de pessoas e bens e as acessibilidades, sejam elas rodoviárias ou trilhos pedestres”.

Por fim, mas não menos importante, o CDS-PP propõe que o Governo “desenvolva todas as diligências necessárias no sentido da futura classificação das Fajãs da ilha de São Jorge, pela UNESCO, como Património Mundial da Humanidade, aproveitando as diligências já anunciadas e sem prejuízo do reconhecimento desses locais como Reserva Mundial da Biosfera”.

Ana Espínola exalta que “as fajãs simbolizam a beleza natural e o isolamento que dominou parte da história da ilha e oferecem panorâmicas extraordinárias e ímpares”, para além de “que a natureza as privilegiou com a presença do mar, o benigno clima, a fertilidade do solo, as deslumbrantes paisa­gens, o valioso património cultural, a importante biodiversidade e os variados ecossistemas”.

São mais de sete dezenas as fajãs na ilha que, segundo a Deputada Jorgense, “as sucessivas derrocadas verificadas e a fragilidade da maioria das acessibilidades, o abandono do património edificado e das férteis terras de cultivo e as potencialidades naturais e turísticas destes ecossistemas carecem de uma intervenção urgente, mas devidamente pensada, visando assegurar o seu futuro e sustentabilidade”.

Recorde-se que também por proposta do CDS-PP visando a salvaguarda do futuro deste Plano, já existe no Plano Anual Regional para 2015 uma ação dotada “da verba destinada ao início da implementação do Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs de São Jorge”.

Para Ana Espínola “as recomendações que agora foram aprovadas não são uma extravagância político-partidária”, pois, citou, “Um Ser Humano só cumpre o seu dever quando aperfeiçoar os dotes que a Natureza lhe deu” (Hermann Hesse).

GI CDS-PP Açores/RL Açores