
Luz, cor, movimento e tradição são as palavras que melhor caracterizam um dos maiores presépios feitos na Vila das Velas, em São Jorge. O presépio é particular, mas mesmo assim Luís Armindo Viegas abriu as portas da sua casa à RL Açores para dar a conhecer uma tradição que já vem dos tempos dos seus avós.
Começamos pela cabana do menino jesus com todas as figuras principais perfeitamente iluminadas, e depois temos uma área extensa com cerca de 300 figuras num presépio que se eleva do chão através de quase 30 paletes de madeira que o suportam.
Todo ele é cor, todo ele é tradição.
Desde o folclore que não para de bailar, à filarmónica regida por um maestro também sempre em movimento, passando ainda pela procissão que sai da igreja com o andor de Nossa Senhora.
É assim o presépio de Luir Armindo Viegas, uma tradição que já vem dos seus antepassados e que hoje ainda perdura no seio da sua família.
O pão sai do forno, forno esse que graças à luz que caracteriza este presépio ganha vida, parecendo mesmo ter a chama acesa.
As padeiras carregam o pão que é verdadeiro, confecionado em miniatura de propósito para o presépio, com uma farinha que imaginamos nós ao ver o presépio deverá vir do moinho sempre em movimento que se encontra no monte mais alto desta vila recriada por Luís Armindo.
“O Presépio do Armindo e amigos”, como lhe chamam, acaba por ser um trabalho demorado, mas que no fim compensa.
No meio do presépio uma cascata a correr…tudo neste presépio é pensado ao pormenor, desde as bombas de água até À colocação das luzes que iluminam as cabanas e as grandes figuras desta criação.
Tecnologias à parte quem visita este presépio na Casa de Luís Armindo Viegas deixa-se invadir pelos sons, pelas luzes e entra no verdadeiro espírito natalício deixando-se transportar para a história que este presépio pretende contar, uma história com tradição e onde já começam a surgir planos para o presépio de 2017.
Liliana Andrade/RL Açores