O Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Eduardo Faria que falava no passado sábado aos jornalistas, destacou a motivação e empenho dos vários agentes de proteção civil durante o exercício, que teve lugar ilha de São Jorge, manifestando-se satisfeito pela forma como decorreu o Touro 21 e referindo que “estes treinos têm de ser feitos com quantos mais agentes melhor.”
Na edição deste ano do exercício Touro, que decorreu entre 22 e 24 de outubro, contou com cerca de 200 pessoas envolvidas, entre eles 70 bombeiros, vindos das Ilhas do Grupo Central, mas também de São Miguel e Flores, bem como a Presidência da Proteção Civil da Madeira, que esteve no exercício.
Ora, as fajãs do Ouvidor e dos Vimes foram os locais escolhidos para se encenar diversos incidentes, nomeadamente pedidos de socorro de cidadãos, habitações inundadas, desaparecidos, acidentes rodoviários, bem como situações de estradas obstruídas e falhas nas comunicações.
Segundo o responsável, o facto de os cenários terem sido nas fajãs permitiu apresentar incidentes “mais complicados, como, por exemplo, ao nível de comunicações e de acessos, obrigando aos operacionais que estavam no terreno a procurar outras alternativas”.
Além do objetivo de treinar os diferentes agentes de proteção civil e entidades com especial dever de colaboração na resposta a situações de meteorologia adversa, foram também testados os Planos Municipais de Emergência dos Concelhos envolvidos e a Rede Integrada de Telecomunicações de Emergência da Região. O Presidente refere uma “entrega total” por parte dos Municípios, e agradece às Câmaras da Ilha pela forma como se empenharam neste exercício, contudo, refere que no início houve alguma dificuldade no fluxo de informação para o Serviço Municipal de Proteção Civil das Velas.
Para terminar, Eduardo Faria, Presidente do SRPCBA enaltece o “espírito de entrega tanto dos bombeiros locais, como dos que vieram em reforço”, destacando a coordenação entre Corpos de Bombeiros e os agentes de proteção civil.
Além dos nove Corpos de Bombeiros do Grupo Central, participaram as Direções Regionais da Saúde, da Habitação, do Ambiente e Alterações Climáticas, dos Assuntos do Mar, dos Recursos Florestais, das Obras Públicas e Transportes Terrestres e do Turismo, assim como o Instituto de Segurança Social dos Açores, o Laboratório Regional de Engenharia Civil, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores.
O exercício envolveu ainda as Câmaras Municipais de Velas e de Calheta, Comando Operacional dos Açores, através dos seus diferentes ramos e valências, a Autoridade Marítima, através da Capitania do Porto da Horta, Associações de Radioamadores, PSP, GNR e Cruz Vermelha.
Laura Cabral/RL Açores