O Diretor Regional da Saúde afirmou recentemente, na Horta, que os Açores são um exemplo pela taxa de cobertura vacinal de 99% do Programa Regional de Vacinação.
“Para o Programa Regional de Vacinação foram definidas determinadas metas que importa regularmente aferir se estão a ser atingidas. Neste sentido, na avaliação anualmente realizada, é possível verificar que conseguimos ultrapassar as metas estabelecidas para a vacina contra o vírus do Papiloma Humano (HPV) e para as restantes vacinas”, adiantou Tiago Lopes, que falava na apresentação dos dados de 2018.
Com metas definidas para taxas de cobertura vacinal de 85% para a vacina contra o HPV e de 95% para as restantes, Tiago Lopes destacou os resultados atingidos com a implementação do Programa Regional de Vacinação.
“Em todas as ‘coortes’ analisadas conseguimos uma cobertura vacinal superior a 97% para a primeira dose e todas ultrapassaram a meta dos 85% para a segunda dose da vacina contra o HPV, variando a taxa de cobertura entre os 90% da ‘coorte’ de 2007-11 anos e os 97% da ‘coorte’ 2005-13 anos”, salientou.
“No que diz respeito ao esquema recomendado, foi ultrapassado o objetivo de 95% para todas as idades, vacinas e doses avaliadas até aos 14 anos e, no esquema cumprido, a proporção de utentes vacinados foi sempre de cerca de 99%”, acrescentou Tiago Lopes.
No Programa Regional de Vacinação, que foi alvo de alterações em 2017, estão incluídas as vacinas contra o sarampo, o vírus do papiloma humano (HPV), o tétano e difteria, a tuberculose e a rubéola, entre outras.
O Diretor Regional referiu que, relativamente à vacinação contra o sarampo, a cobertura vacinal para a primeira dose, avaliada aos dois anos de idade (‘coorte’ de 2016), foi de 99% e para a segunda dose, nos menores de 18 anos de idade, variou entre os 96% da ‘coorte’ de 2006 e os 100% das ‘coortes’ de 2000 e 2010.
“Na vacinação atempada (idade recomendada), aos três meses de idade cerca de 99% das crianças já tinha cumprido o calendário recomendado no programa para a primeira dose das vacinas contra a tosse convulsa e contra infeções por pneumonia, e mais de 96% das crianças com 13 meses já estavam protegidas contra o sarampo e contra a doença invasiva por meningite C”, frisou Tiago Lopes.
No que concerne a grupos específicos, como no caso da vacinação contra a tosse convulsa na gravidez e da vacinação contra o tétano em adultos, cerca de 75% das grávidas foram vacinadas em 2018 e a cobertura vacinal relativamente à vacina contra o tétano em adultos de 65 anos de idade foi de 79% na ‘coorte’ de 1953 e de 89% e 96%, respetivamente, nas ‘coortes’ de 1973 (45 anos) e de 1993 (25 anos).
Relativamente à vacinação contra a tuberculose, em que apenas são elegíveis crianças pertencentes a grupos de risco, Tiago Lopes afirmou que na ‘coorte’ de 2018 foram vacinadas 284 crianças (13%).
“Estes dados são particularmente importantes numa época em que, um pouco por todo o mundo, os programas de vacinação estão a ser vítimas do seu sucesso, dando azo ao aparecimento de movimentos de antivacinação sem fundamento”, frisou o Diretor Regional.
Tiago Lopes salientou que o sucesso alcançado foi possível graças aos “heróis da vacinação”, que diariamente contribuem para a proteção de milhares de vidas.
“Falamos dos profissionais de saúde que asseguram a administração das vacinas, dos pais e cuidadores que vacinam os seus, das políticas de vacinação que asseguram o acesso equitativo à vacinação e dos investigadores”, disse o Diretor Regional.
Tiago Lopes relembrou que a vacinação é um direito, um dever, um ato de cidadania, de responsabilidade e de solidariedade, na defesa individual e coletiva pela saúde pública, pelo que promover a cobertura universal da vacinação é um imperativo num mundo de desafios globais.
“Sendo a vacinação uma das armas mais eficazes em termos de saúde pública, é importante destacar que a Região, com todas as suas condicionantes arquipelágicas, conseguiu obter resultados exemplares”, sublinhou Tiago Lopes.
GaCS/RL Açores