
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista dos Açores apresentou esta terça-feira, no início dos trabalhos do mês de fevereiro no parlamento açoriano, um voto de protesto ao serviço prestado pelos CTT nos Açores.
“A partir da sua privatização foi notório o aumento do número de reclamações. A partir daí a empresa diminuiu de forma drástica o seu número de colaboradores, levando a uma diminuição drástica na sua presença no território nacional e regional, com a consequente diminuição dos serviços de proximidade às populações e mesmo à destruição de uma confiança que levou centenas de anos a conquistar”, acusou Graça Silva.
A deputada socialista lamentou que uma empresa outrora reconhecida pela qualidade dos seus recursos humanos, a todos os níveis, passasse a uma empresa que “não valoriza de forma digna o seu capital humano, um capital humano que diariamente veste o seu fardamento e trabalha para dignificar a sua empresa, onde, infelizmente, grassa exploração e falta de dignidade no trabalho”.
Graça Silva relembrou que, em fevereiro do ano passado, na Assembleia da República, o Partido Socialista questionou a Administração da empresa CTT sobre o impacto negativo que as opções de gestão estavam a causar nos Açores: “a falta de recursos humanos, o longo tempo de espera e o atraso sistemático na receção de correio, encomendas e vales, com prejuízo para a vida das pessoas e das empresas”.
O voto de protesto foi aprovado por todas as bancadas com assento na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o qual será encaminhado para a empresa CTT – Correios de Portugal, S.A., a ANACOM, o Ministério do Planeamento e Infraestruturas e a Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, da Assembleia da República.
GI PS Açores/RL Açores