PS/Açores adota modelo de listas abertas, anunciou Vasco Cordeiro

“Acho que na sequência da aprovação da Moção Global de Estratégia que temos, já as eleições para os órgãos regionais do partido, neste Congresso, devem seguir o modelo de listas abertas, permitindo que cada militante ordene, os candidatos que o vão representar, nos órgãos do partido, anunciou Vasco Cordeiro.

Na sua intervenção na abertura do XVI Congresso Regional, que se realizou na cidade da Lagoa, em S. Miguel, o líder do PS/Açores afirmou que quer um partido “que inove, que reforme, que questione, que refaça, em especial as suas próprias medidas e as suas próprias soluções”.

Vasco Cordeiro fez o balanço dos três anos passados sobre a data do último Congresso e da data em que assumiu a presidência do Governo dos Açores, para destacar que foram “tempos desafiantes, tempos que exigiram o melhor do nosso esforço e do nosso trabalho para defender os Açores, defender a nossa Autonomia e defender os Açorianos”.

A crise económica, intempéries, Base das Lajes, desemprego, famílias e empresas em dificuldades, ou a usurpação dos direitos do povo Açoriano sobre o mar, foram preocupações abordadas pelo Presidente do PS que fez questão de denunciar a “cumplicidade ativa e colaborante, não só daqueles que, bem cedo, trocaram a representação do Povo dos Açores, pela representação do Governo de Lisboa, mas também daqueles que cá, entre silêncios cúmplices ou apoios declarados, associaram-se a alguns dos mais graves atentados à Autonomia dos Açores”.

Vasco Cordeiro questionou, por várias vezes, “onde estavam esses autonomistas de fachada de cá e de lá” para depois responder com todas as medidas que foram aplicadas para ajudar “o nosso povo a atravessar a tormenta, sem deixar ninguém para trás”. O líder socialista disse que a “Via Açoriana” beneficiou muitos açorianos, referindo, por exemplo “os 110 milhões de euros investidos nas medidas de apoio” a crianças e a idosos.

Sobre o novo modelo de transporte aéreo de e para os Açores, Vasco Cordeiro lembrou que foi o Governo dos Açores do Partido Socialista que, “a partir da proposta que apresentámos, trabalhou, negociou e garantiu um bom resultado para a nossa região”.

Dirigindo-se ao Congresso, destacou os resultados muito positivos do Turismo do passado mês de janeiro, mas não esqueceu nem a agricultura nem as pescas, áreas para as quais dirigiu uma “atenção e um cuidado muito especial”.

No sector agrícola, frisou os cerca de 54 milhões de euros que já entraram na agricultura da região para lançar, de seguida, um desafio aos agricultores: “Este é o momento em que todos os intervenientes neste sector, e em especial os que fornecem fatores de produção, devem reavaliar a sua capacidade de baixar preços, aliviando assim, também por essa via, a pressão que se faz sentir no sector derivada da baixa do preço de leite pago à produção por parte das indústrias transformadoras”.

Em relação às pescas, Vasco Cordeiro espera resultados da reestruturação do setor e que, a breve trecho, as verbas do POSEI Pescas possam ser pagam, o que “significará neste caso a entrada de recursos financeiros de mais de 13 milhões de euros”.

O Presidente do PS/Açores, referiu as vitórias do partido nas últimas eleições autárquicas, europeias e legislativas nacionais para esclarecer como devem ser encaradas: “Mais do que a eventual recompensa pelo trabalho feito, as mesmas devem constituir um incentivo a fazer sempre mais e melhor”.

O líder socialista elege a exigência como forma de vencer os desafios: “O PS/Açores tem de ser exigente consigo próprio, e eu, como Presidente do Partido, para além de ser exigente também comigo próprio, devo ser o garante dessa exigência para com todos dentro do Partido”.

Vasco Cordeiro exige também “transparência, legalidade e honestidade no exercício da função pública”, direcionado o PS/Açores para “estar onde estiverem os desafios e onde estiverem os Açorianos, sobretudo, quando maior for dificuldade ou mais exigente o desafio”.

GI PS Açores/RL Açores