
O grupo parlamentar do PSD/Açores pediu hoje explicações ao Governo Regional sobre as “discrepâncias” no montante global da dívida da SATA às Associações de Bombeiros, dado que a empresa não reconhece a totalidade dos valores reivindicados pelas corporações de Velas, Madalena e Graciosa.
“O alerta que os deputados do PSD/Açores fizeram há três meses mantém-se atual, porquanto a dimensão da dívida permanece elevada, com especial preocupação para os montantes apontados pelas associações e não reconhecidos pela SATA”, afirmou o deputado social-democrata Carlos Ferreira.
Em requerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, o parlamentar explicou que a divergência entre a SATA e as referidas associações de bombeiros quanto aos valores em dívida se deve à “prestação do serviço de prevenção de acidentes e incidentes, salvamento e luta contra incêndios no aeródromo do Corvo”.
“Este serviço, por indisponibilidade de recursos humanos dos Bombeiros do Corvo, está a ser assegurado pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários da Madalena, Velas e Graciosa. Para além das horas de serviço propriamente ditas, as corporações têm que suportar as despesas com as viagens, alojamento, ajudas de custo e formação dos profissionais certificada pela ANAC, que ultrapassam largamente os montantes relacionados unicamente com as horas de serviço aeroportuário”, frisou.
Segundo Carlos Ferreira, “não podem ser as corporações a suportar os custos que competem à entidade gestora das infraestruturas aeroportuárias regionais, sob pena de se colocar em causa a sustentabilidade financeira das associações e o pagamento dos salários aos homens e mulheres que cumprem este serviço”.
Recorde-se que a SATA reconhece apenas uma dívida de 220 mil euros às corporações de Velas, Madalena e Graciosa, mas as três associações de bombeiros alegam que esse valor é muito superior.
GI PSD Açores/RL Açores